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Ordem no Corinthians é esquecer derrota

A ordem no Corinthians é esquecer a derrota para o Paysandu, concentrar o pensamento na partida de domingo, em casa, contra o Grêmio, e manter o bom astral entre os jogadores pela recuperação no campeonato.

Por Agencia Estado
Atualização:

A ordem no Corinthians é esquecer a derrota para o Paysandu, concentrar o pensamento na partida de domingo, em casa, contra o Grêmio, e manter o bom astral entre os jogadores pela recuperação no campeonato. O treinador Tite insiste que a vitória do Paysandu foi resultado de mudanças felizes que deram nova alma ao time paraense e o fizeram reagir, de forma desconcertante nos dez minutos finais, contra o placar adverso. No mais, parece que o ?Sobrenatural de Almeida?, personagem de Nelson Rodrigues, parece explicar a perda da invencibilidade de onze jogos na terra do açaí. Pelo menos em outro detalhe da partida no Mangueirão, Tite e seus atletas concordam: o calor do Pará nada teve a ver com o resultado. Colocar a culpa na natureza seria um argumento muito frágil para quem vai indo bem na tabela. Fica parecendo que os paulistas estão caçando um bode expiatório, querendo justificar o injustificável. Com o pragmatismo de um meteorologista, o meia Fábio Baiano, autor do único gol corintiano em Belém, filosofa: "acho que a nossa derrota não foi devida ao calor, porque estava quente para os dois lados". Na opinião do jogador, foi o próprio Corinthians quem perdeu um jogo que parecia sob controle quando o placar ainda era 1 a 0 a seu favor. "Nós lutamos bastante, criamos chances de aumentar o marcador, mas pecamos na conclusões, além de errar no segundo passe". Esforçando-se para não criar atritos com os colegas, o goleiro Fábio Costa ainda não engoliu a derrota. Ele fez boas defesas quando a pressão do ataque do Paysandu era maior e não teve culpa pelos dois gols que levou. Prefere dizer que a responsabilidade pelo revés é do "time todo". "Rosinei, que nos cinco minutos finais do jogo perdeu um gol incrível na cara de Paulo Musse, chutando forte por cima da trave, também se isenta de culpa pela oportunidade desperdiçada. "O zagueiro deles chegou junto na hora em que eu armei o pé para enfiar para dentro do gol, por isso a bola mudou sua trajetória". Entre desculpas esfarrapadas e explicações que misturam as leis da física com a meteorologia, o Corinthians saiu do Pará com uma única certeza: não pode abusar por duas vezes seguidas de perder um jogo que tinha nas mãos. Contra o Grêmio, dirá aos seus torcedores se aprendeu a dura lição.

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