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Orlando City vai atrás de sócios no Brasil e nos Estados Unidos

Programa é semelhante ao sócio-torcedor, que agora chega ao país

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Por Almir Leite
Atualização:

Programas de sócio-torcedor tornaram-se comuns no futebol brasileiro. Na Europa, também é bastante difundido. Nos Estados Unidos, não. Lá, na relação entre torcidas e clubes, prevalece a season tickets – a compra de pacote com os jogos do time como mandante na temporada. Isso torna o projeto que o Orlando City lança hoje pioneiro no país.

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O “Lion Nation’’ é um programa que tem as mesmas características de seus similares: oferecerá conteúdo exclusivo aos sócios e descontos em serviços e produtos. Mas há um aspecto diferente: será voltado tanto para o público americano como para o brasileiro. Clube que tem como proprietário um empresário carioca, o Orlando City mantém uma relação próxima com o País. Seu principal jogador é Kaká, que também faz as vezes de garoto-propaganda. Há outros brasileiros no elenco, como o recém-chegado Julio Baptista. A página no facebook voltada para o público brasileiro tem mais de 600 mil likes – as redes sociais, inclusive, serão carro-chefe na divulgação do programa. 

Assim, brasileiros que aderirem ao programa – com preço de US$ 9.99 mensais, com US$ 12 de entrada, ou então US$ 99 no caso de pagamento à vista – poderão ter descontos, por exemplo, quando estiverem na cidade da Flórida. “O Brasil é um mercado relevante para nós. E considerando que o brasileiro visita muito Orlando, imaginamos que os descontos que a gente vai conseguir proporcionar na cidade vai ser interessante para ele’’, acredita o CEO do City, Alex Leitão. 

Kaká é o grande líder do time do Orlando City Foto: AFP

A vice-presidente de marketing do clube, Teresa Tatlonghari, revela outro objetivo embutido no “Lion Nation’’ em sua relação com os brasileiros. “A ideia não é que o Orlando vire o primeiro time dos brasileiros, mas sim o segundo time, e o primeiro fora do Brasil.’’ O programa já nasce com 20 mil sócios só na cidade de Orlando, garante Leitão. “Fizemos um amplo estudo e criamos um programa que atendesse a cultura local, mas considerando que o futebol é um esporte global.’’ 

O fato de ser o único time da região, facilita a tarefa do City para atrai fãs do futebol. O Orlando tem média de 30 mil torcedores por partida e já tem 18 mil carnês vendidos para a próxima temporada, quando vai inaugurar seu novo estádio. 

A operação do programa de sócio torcedor do Orlando City foi montada por uma empresa brasileira, a FutebolCard, que no País é responsável por projetos com o Avanti, do Palmeiras, e Gigante, do Vasco. “Essa parceria representa um avanço para o mercado de sócio-torcedor nos Estados Unidos.  O normal são empresas de fora do país virem ao Brasil trazer know how sobre avanços tecnológicos. No nosso caso, o caminho é justamente o inverso'', destaca o presidente da FutebolCard, Robson de Oliveira.

O “Lion Nation’’ abre a perspectiva de se tornar uma outra boa fonte de renda para o clube da cidade da Flórida. “Mas agora queremos consolidar o projeto. Financeiramente, vamos pensar a longo prazo’’, prefere o diretor de associados do City, James Pellington.

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