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Oséas relembra virada do Palmeiras na final da Copa do Brasil de 1998

Ex-atacante marcou o gol do título sobre o Cruzeiro no último minuto da partida; três edições do torneio tiveram viradas no jogo de volta

Por Diego Salgado
Atualização:

O tempo e o espaço eram curtos quando o centroavante Oséas partiu em direção à bola rebatida pelo goleiro Paulo César. O chute, sem ângulo, saiu forte e, em segundos, levou ao delírio mais de 45 mil torcedores do Palmeiras presentes ao Morumbi no dia 30 de maio de 1998, na final da Copa do Brasil, contra o Cruzeiro.

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"Jamais achei que (a bola) ia entrar onde entrou. Mas com o Felipão não tinha bola perdida. Fui premiado em fazer aquele gol tão importante", relembra o herói palmeirense.

O gol de Oséas foi marcado aos 44 minutos do segundo tempo, quando a partida se encaminhava à decisão por pênaltis. No jogo de ida, no Mineirão, o Cruzeiro venceu por 1 a 0. Em São Paulo, o Palmeiras abriu caminho para o título ao inaugurar o placar logo aos 12 minutos da primeira etapa, depois de um cruzamento de Oséas e a conclusão de Paulo Nunes.

Oséas marcou o gol do título do Palmeiras na Copa do Brasil de 1998 Foto: Agliberto Lima/Estadão - 30/05/1998

"Nosso grupo era muito forte. Jamais deixamos de acreditar na vitória. E a torcida teve um papel muito importante também", ressalta o ex-atacante do time alviverde.

O chute salvador de Oséas começou a virar realidade após uma cobrança de falta de Zinho, que, da intermediária, bateu colocado, no canto baixo da meta do Cruzeiro. O goleiro Paulo César fez a defesa parcial, mas não evitou o rebote do centroavante. "Estava chovendo, a bola estava escorregadia. Eu sabia que a bola poderia sobrar para mim, porque o Zinho cobrava muito bem falta", disse.

Dois anos depois, o atacante sagrou-se bicampeão da Copa do Brasil, em mais um jogo marcado por uma virada nos minutos finais. O fato deu-se quando Oséas defendia o Cruzeiro. Na decisão contra o São Paulo, o time mineiro segurou um empate sem gols no Morumbi. No Mineirão, viu Marcelinho Paraíba fazer 1 a 0 para o time paulista aos 20 minutos do segundo tempo. Fábio Júnior descontou aos 35 e Geovane, de falta, fez o gol do título no último minuto.

"Isso não sai da minha memória. A convicção do Geovane foi fundamental. Ele pegou a bola e sabia que ia marcar o gol. Ele até mudou o jeito de bater na bola, chutando forte, por baixo", disse Oséas.

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VIRADASEm 26 edições da Copa do Brasil, mais duas finais foram marcadas por viradas no segundo jogo. O fato ocorreu pela primeira vez em 1992. Na ocasião, o Internacional perdeu por 2 a 1 no Rio e conseguiu bater o rival por 1 a 0 no Beira-Rio - gol do zagueiro Célio Silva, de pênalti, aos 42 minutos do segundo tempo.

Depois da virada do Palmeiras em 1998, foi a vez do Sport repetir a façanha dali a dez anos, contra o Corinthians. No Morumbi, o time paulista fez 3 a 1 (vencia por 3 a 0 até o minuto final, quando Enílton descontou). Na Ilha do Retiro, a equipe comandada por Nelsinho Baptista venceu por 2 a 0, conquistando o título da competição.

Nesta quarta-feira, o Atlético-MG derrotou o Cruzeiro por 2 a 0 na primeira final da Copa do Brasil. O atual campeão brasileiro terá de vencer o rival por uma diferença de três gols no próximo dia 26, no Mineirão. Desde 1989, cinco decisões foram iniciadas com um 2 a 0 no placar. Em nenhuma ocasião, entretanto, houve uma virada. Em 2005, o Paulista segurou um empate sem gols com o Fluminense em São Januário. No ano seguinte, o Flamengo voltou a vencer o Vasco na partida de volta (1 a 0, no Maracanã).

Três anos depois, o Corinthians arrancou um empate por 2 a 2 diante do Inter, em Porto Alegre. Em 2010, o Santos acabou derrotado por 2 a 1, mas conseguiu assegurar o título contra o Vitória, no Barradão. Na edição 2012, o Palmeiras manteve a vantagem no Couto Pereira - Betinho, de cabeça, marcou o único gol do time alviverde depois de o Coritiba fazer 1 a 0.

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