PUBLICIDADE

Oswaldo de Oliveira encara primeiro grande desafio no Palmeiras

Clássico contra o Corinthians pode ditar rumo na gestão do treinador

Foto do author Gonçalo Junior
Por Gonçalo Junior
Atualização:

Oswaldo de Oliveira chegou ao Palmeiras em dezembro como um dos principais nomes de um amplo processo de reformulação do clube depois dos perrengues no Campeonato Brasileiro. Quatro meses depois, o treinador de 64 anos comanda o time em uma daquelas partidas capazes de garantir a confiança e tranquilidade para os próximos meses - seu contrato vai até o fim do ano - ou deixar sua gestão marcada pela desconfiança.

PUBLICIDADE

Ele sabe que a semifinal do Campeonato Paulista contra o Corinthians é um divisor de águas. E admitiu o tamanho da encrenca. "O time de melhor aproveitamento no Brasil é o Corinthians. Se isso é um parâmetro para favoritismo, é inegável que o Corinthians é favorito. E vai jogar em casa. Nossa equipe está crescendo, se entrosando. Acredito que podemos fazer uma partida muito boa".

Oswaldo define o time do Palmeiras para estreia no Brasileiro Foto: Cesar Greco/ Divulgação

Os números estão ao seu lado. Em 19 partidas, soma 14 vitórias, um empate e quatro derrotas, o que significa um aproveitamento de 74%. Nesses jogos, enfrentou vários times medianos do interior no Paulistão, superiores ao Vitória da Conquista na Copa do Brasil. Nos clássicos, tem duas derrotas (Santos e Corinthians) e uma vitória (São Paulo).

Depois de perder para o Corinthians em casa, quando o grupo era bem diferente, e do Santos na Vila Belmiro em um jogo equilibrado, a vitória sobre o São Paulo, aqueles 3 a 0 no Allianz Parque, com um gol de placa de Robinho por cobertura, resgatou parte do orgulho dos palmeirenses após um jejum contra os grandes.

EM FORMAÇÃO

Oswaldo de Oliveira tem o argumento - justo - de que o time está em formação. Ao lado de Alexandre Mattos, novo homem forte do futebol e outro pilar da reformulação, o treinador trouxe 20 novos nomes. Alguns nem estrearam, como Cleiton Xavier (jogou três minutos contra o Botafogo), Kelvin e Egídio, que não pôde ser inscrito no Campeonato Paulista. Outros foram muito bem escolhidos, como os volantes Gabriel e Arouca e o lateral-direito Lucas.

Outro mérito é ter "conquistado" Valdivia. Depois de quatro meses fora, o chileno voltou bem, foi decisivo na classificação para a semifinal e deverá ser titular. "Ele evoluiu bastante fisicamente desde a partida em que reestreou. Isso me deixa muito otimista", afirmou.

Publicidade

Ainda existem algumas dúvidas importantes em relação ao time ideal - como encaixar Cleiton Xavier, por exemplo - e também em relação à definição sobre o dono da camisa 9 - Cristaldo e Leandro ainda não convenceram e podem perder espaço para Rafael Marques, que deve ser escalado como atacante neste domingo.

Por causa desse processo de amadurecimento, como diz o treinador, ele quer tirar o caráter decisivo do clássico. "É um jogo importantíssimo, é inegável, ainda mais porque vale vaga na final. Mas temos de ter naturalidade. Este é mais um jogo como outros jogos. Na segunda-feira a vida segue, indo para a final ou não. Temos de dar continuidade. É o jogo mais importante hoje. Dali para a frente, as coisas vão mudar dependendo do resultado", afirmou.

Oswaldo de Oliveira tem de administrar também o jejum no Paulistão - a última final do Palmeiras foi em 2008, o ano do último título.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.