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Otimismo: a arma da Espanha para bater a instável França

Com três vitórias na primeira fase, espanhóis chegam embalados para as oitavas-de-final. Franceses apostam na superação.

Por Agencia Estado
Atualização:

As malas de Luís Aragonés continuam abertas na concentração em Kamen. A confiança do técnico na classificação da Espanha para as quartas-de-final é total, nesta terça-feira, às 16 horas (de Brasília), diante da França, em Hannover. ?Sou um otimista. Tivemos boas equipes como a de 1962, mas a atual possui uma qualidade muito grande?, disse o treinador espanhol. E é exatamente o que alimenta a Espanha - o otimismo - que será usado como arma pelos franceses. ?Eles podem estar confiantes, mas o mais difícil está por vir para eles?, ameaçou o lateral-esquerdo da França, Eric Abidal. Aragonés, que confirmou a presença do atacante Raúl na equipe titular, faz questão de elogiar o time francês e torce para que o adversário também faça uma grande partida. ?Gosto de enfrentar os melhores. Só assim conseguimos alcançar grandes feitos.? A preocupação de Aragonés é fazer com que o time mantenha a posse de bola. ?Se deixarmos, o meio-de-campo francês vai tocar a bola o tempo todo?, disse o treinador, que elogiou o trabalho do volante Makelele. ?Ele faz toda a orientação da equipe.? Aragonés escalou Cesc Fabregas no lugar de Marcos Senna. O volante Xabi Alonso concorda com o treinador. ?Gostamos de jogar com a posse de bola. Não podemos cometer erros?, disse o jogador do Liverpool, que alerta para o excesso de euforia da equipe. ?É preciso ter o controle desde o início. Não podemos dar chance para a França dominar a partida.? O jogo vai marcar também o segundo episódio do duelo entre o volante Puyol e o atacante Henry, que se enfrentaram na final da Copa dos Campeões e o espanhol venceu, com o Barcelona - bateu o inglês Arsenal. ?Não se pode querer marcar Henry individualmente. O melhor é marcar para que a bola não chegue nele?, disse Puyol. No campo francês, a euforia troca de nome e passa a se chamar motivação. Os "Bleus" voltam a contar com o meia Zinedine Zidane, que não jogou contra o Togo e anunciou sua aposentadoria, para tentar derrotar a Espanha. Além disso, o astral depois da vitória sobre os africanos contagiou também o técnico Raymond Domenech. ?Será um jogo difícil, mas estamos confiantes e melhorando a cada partida?, disse. Mas é preciso confirmar a ascensão em campo. O consenso entre os analistas franceses é que o time não fez mais do que a obrigação ao passar para as oitavas-de-final, a partir de um grupo relativamente fraco, com Suíça, Coréia do Sul e Togo. Porém, se ganhar novamente e se garantir entre os oito melhores do Mundial, terá recuperado o respeito. ?Estamos preparados, pois nossos dois últimos jogos já foram eliminatórios?, defendeu Domenech, que só vai divulgar hoje a escalação da equipe. A tendência é que utilize uma formação mais cautelosa do que a que derrotou Togo, com cinco homens no meio-de-campo e apenas Thierry Henry no ataque. ?Para nós, a pressão de uma decisão continua a mesma.? Outro fator que anima os "Bleus" é a eficiência do sistema defensivo: em três jogos, o time sofreu apenas um gol. ?Temos de manter nossa solidez, porque daqui para frente um chute pode decidir a sorte do jogo?, alertou. Um possível confronto com o Brasil nas quartas-de-final também motiva o time. ?Claro que precisamos passar pela Espanha, e o Brasil tem de vencer Gana?, disse Abidal. ?Mas não temos medo de enfrentá-los. A França já os derrotou um dia.? Ficha técnica: Espanha x França Espanha: Casillas; Ramos, Pablo e Pernía; Xabi Alonso, Puyol, Xavi, Cesc Fábregas e Raúl; Villa e Torres. Técnico: Luís Aragonés. França: França - Barthez; Sagnol, Gallas, Thuran e Abidal; Vieira, Makelele, Malouda e Zidane; Trezeguet (Wiltord ou Ribéry) e Henry. Técnico: Raymond Domenech. Juiz: Roberto Rosseti (ITA). Horário: 16 horas (de Brasília). Local: Niedersachsenstadion, em Hannover

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