PUBLICIDADE

Publicidade

Países pequenos merecem realizar Copa, diz holandês Gullit

Por PEDRO FONSECA
Atualização:

Ruud Gullit, presidente da candidatura conjunta de Bélgica e Holanda para sediar a Copa do Mundo de 2018, afirmou nesta segunda-feira que já está na hora de a Fifa levar a Copa do Mundo para países menores. O ex-jogador da seleção holandesa descartou que sua proposta não esteja entre as favoritas na eleição da Fifa no mês que vêm, e disse ainda que não se preocupa com os recentes escândalos de corrupção que resultaram na suspensão de dois membros do comitê executivo da federação internacional, incluindo um por suborno. "Nós sempre vamos para os países maiores, e essa é uma oportunidade para um país menor fazer uma Copa do Mundo, especialmente porque Holanda e Bélgica são importantes no mundo do futebol", disse Gullit à Reuters na convenção Soccerex, no Rio de Janeiro. Gullit, que defende a candidatura belgo-holandesa como a mais ambientalmente sustentável, também lembrou que os dois países participaram da criação da Fifa em 1904. "Estamos participando porque acreditamos em nossa proposta. Somos fundadores da Fifa, levamos o futebol muito a sério em nossos países. Na verdade levamos ainda mais a sério porque somos países pequenos." "Se você não acha que pode ganhar, não precisa participar. Só penso na hipótese que temos de ganhar", acrescentou, rejeitando que a proposta de Bélgica/Holanda esteja atrás das concorrentes Inglaterra, Rússia e Portugal/Espanha na disputa pela sede de 2018. Bélgica e Holanda têm ressaltado durante a campanha a proximidade das cidades-sede propostas nos dois países, e ofereceram transporte público gratuito, incluindo dois milhões de bicicletas grátis, para ajudar os torcedores a se locomoverem. Os organizadores afirmam que as partidas seriam disputadas em 14 estádios "verdadeiramente verdes". A votação da Fifa que vai decidir as sedes das Copas do Mundo de 2018 e 2022 será em Zurique, no dia 2 de dezembro. Apenas os membros do comitê-executivo da Fifa têm direito a voto, e dois deles foram suspensos na semana passada por suspeita de fraude. Sem o nigeriano Amos Adamu e Reynald Temarii, do Taiti, serão apenas 22 votos que decidirão as sedes dos próximos Mundiais. O incidente de corrupção manchou todo o processo de escolha das sedes, mas Gullit acredita que não terá impacto na decisão final. "Nós temos que pensar apenas no nosso lado", disse ele. "Acho que a Fifa é uma organização forte que pode resolver seus problemas internamente. Não vamos falar sobre o que os outros fazem. Nossa proposta é forte e esperamos que em 2 de dezembro, quando apresentarmos nossas propostas, eles possam votar em nós." (Com reportagem adicional de Pedro Redig)

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.