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Paiva evita depressão de Ronaldo

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Por Agencia Estado
Atualização:

Poucas pessoas acompanharam de perto o drama de Ronaldo, cinco anos atrás, como o assessor de Imprensa da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Rodrigo Paiva. Ele chegou a se revezar com o fisioterapeuta Nilton Petrone numa poltrona do corredor do Hospital De La Pitie Salpetriere, em Paris, para não deixar o craque desamparado. "Dona Sonia (mãe de Ronaldo) dormia no chão do quarto. Foi assim por mais ou menos 15 dias após a cirurgia", contou. O jornalista disse que havia um clima de muita tensão entre os parentes e amigos de Ronaldo e que, algumas vezes, o esforço era no sentido de não deixar o jogador cair em depressão. "O mais duro foi o dia seguinte à contusão, durante o vôo de Milão a Paris. Estávamos numa atmosfera de incerteza e o Ronaldo, em silêncio absoluto." Paiva, então assessor de imprensa do craque, falou também da viagem aos Estados Unidos, para onde ele, Ronaldo e Petrone seguiram pouco depois, a fim de ouvir o parecer de outros médicos. "Nos disseram lá que a recuperação estava lenta e que o Ronaldo deveria se submeter a nova cirurgia. Mas o que valeu foi a palavra do doutor Gérard Saillant (chefe da equipe que operou o jogador)." O médico da seleção brasileira, José Luiz Runco, se orgulha até hoje de ter assegurado o tempo todo que Ronaldo voltaria a ?brilhar? como jogador de futebol. Ele se impressionou com a determinação do craque em seguir as recomendações dos profissionais de medicina logo depois do acidente no Estádio Olímpico de Roma. "Dependia mais dele, era uma trabalho árduo e o Ronaldo deu uma resposta exemplar." Em 2000, Joaquim Grava também respondia pelo setor médico da seleção e foi outro que garantiu o regresso do craque aos campos. "Tive um desentendimento com o Moisés Cohen (médico citado por Ronaldo como um dos que não acreditavam em sua recuperação). Ele (Cohen) não podia avaliar o jogador à distância; além do mais, o Ronaldo não era seu paciente", disse Grava, que em 30 anos de atividade no meio esportivo só havia presenciado um caso semelhante ao de Ronaldo. A Agência Estado tentou em vão ouvir Cohen, que estava em seu consultório à tarde, em São Paulo, e não retornou à ligação.

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