PUBLICIDADE

Publicidade

Palmeiras: 1 torcedor na Venezuela

Por Agencia Estado
Atualização:

Bruno Lancellotti, de 27 anos, foi o único palmeirense presente ao estádio Pueblo Nuevo, em San Cristóbal, na noite desta quarta-feira, para ver ao jogo entre Palmeiras e Deportivo Táchira, pela Libertadores. O heróico torcedor saiu de sua casa na Vila Mariana, em São Paulo, atrás de duas paixões: a música e o futebol. "Vim para a Venezuela para ver um show em Caracas, aí não dava para perder a chance de ver o Palmeiras num lugar tão diferente", explicou Bruno, que é dono de uma gravadora e nesta quinta-feira irá viajar os 816 quilômetros entre San Cristóbal e a capital Caracas para a apresentação da banda nova-iorquina Slackers. Estádio vazio - A crise pela qual passa o Deportivo Táchira, pentacampeão venezuelano mas atualmente em terceiro lugar no torneio nacional e praticamente sem chance de título, afastou a fanática torcida da equipe. "Vim ver o Palmeiras. Não torço contra o Táchira, mas digo que venho ver o adversário como forma de castigo ao time", disse funcionário público Omar Blanco, de 39 anos, que freqüenta o Pueblo Nuevo desde 1978. "Não veio muita gente também como forma de castigo." Omar, como a maioria dos torcedores do Táchira, pede que o clube valorize os jogadores nascidos no Estado e formados no clube. "Não dão oportunidade para os jogadores formados aqui e contratam alguns que não rendem nada. A diretoria tem culpa da crise", contou. Além da má campanha, um desentendimento financeiro entre a diretoria do clube e o prefeito da cidade quase fez com que o jogo fosse realizado com portas fechadas. Após a confusão, os ingressos foram vendidos somente a partir do meio da tarde desta quarta-feira. O Pueblo Nuevo, que será amplamente reformado para ser uma das sedes da Copa América de 2007, recebeu pouca gente na noite desta quarta-feira, mas tinha faixas curiosas mostrando o fanatismo da torcida de Táchira. Uma dizia: "No sétimo dia, Deus não descansou, veio torcer". Outra, ainda mais radical: "O Táchira é como a Aids, levamos no sangue."

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.