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Palmeiras responde Jorginho e cita xenofobia de técnico do Atlético-GO com Abel: 'Não toleramos'

Clube alviverde publica nota de repúdio após declaração polêmica do treinador do time goiano; comissões técnicas se desentenderam durante o confronto entre as equipes nesta quinta-feira

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Por Redação
Atualização:

O Palmeiras respondeu com repúdio e sentiu um tom xenófobo na declaração do técnico Jorginho, do Atlético-GO, nessa sexta-feira, um dia após a equipe paulista vencer o rival goiano por 4 a 2, de virada, no Allianz Parque, em São Paulo, pela 12ª. rodada do Campeonato Brasileiro. Depois do confronto, Jorginho, em entrevista coletiva, criticou principalmente o treinador português Abel Ferreira, do alviverde.

"Não é à toa que não só ele, mas toda a comissão técnica vem sendo expulsa constantemente, porque falta esse tipo de respeito. Você bater palma para o árbitro é sacanear o cara. É uma coisa que me revolta como treinador, como brasileiro, ele vir no nosso país e estar desrespeitando nosso país, desrespeitando nossos árbitros, dizendo que (o árbitro Roman Abatti Abel) é cego, xingando de tudo quanto é nome e nada acontece", disse.

Abel Ferreira entrou na mira de Jorginho (esq.) após discussão na partida entre Palmeiras e Atlético-GO Foto: Cesar Greco/Bruno Corsino

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Jorginho se referiu à confusão que ocorreu, por volta dos 30 minutos do segundo tempo, entre as duas comissões técnicas. O desentendimento rendeu a expulsão de auxiliares técnicos de ambas equipes. Para o treinador do clube goiano, porém, Abel Ferreira era o único em campo que deveria ser punido com o cartão vermelho. A diretoria do Palmeiras, porém, enviou uma nota pública nessa sexta-feira.

"A Sociedade Esportiva Palmeiras repudia com veemência as manifestações de cunho xenófobo que têm sido constantemente endereçadas à nossa comissão técnica. Nascemos pelas mãos de imigrantes que não somente fundaram um dos clubes mais vitoriosos do mundo, como também contribuíram com a formação da sociedade brasileira e da identidade nacional", iniciou a nota.

"A nossa história de 107 anos foi construída por jogadores, profissionais e torcedores de diferentes nacionalidades e etnias, sem distinção. Portanto, não toleramos declarações preconceituosas que incitem a aversão a estrangeiros. Nossos gramados não são feudos reservados a pessoas de um só país. Pelo contrário, neles há espaço para todos que tenham vontade e capacidade de melhorar o futebol brasileiro", completou a nota palmeirense.

Líder isolado do Brasileiro com 25 pontos, o Palmeiras volta a campo às 20h de segunda-feira contra o São Paulo, no Morumbi. O Atlético-GO é o 17º (13 pontos) e enfrenta o Juventude, em casa, no domingo, às 18h.

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