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Palmeiras: cabeça-de-chave no Mundial

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Por Agencia Estado
Atualização:

O Palmeiras será um dos cabeças-de-chave da 2ª edição do Mundial de Clubes organizado pela Fifa. O único representante brasileiro vai ocupar essa posição de destaque no sorteio dos grupos, programado para esta terça-feira no Palácio de Congressos de La Coruña, na Galiza, e terá ainda a companhia de Real Madrid e Boca Juniors. A cerimônia começa às 12 horas locais - 8 da manhã, horário brasileiro -, será rápida e servirá para definir também a tabela com os jogos dos três grupos da primeira fase. O "Mundialito", como está sendo chamado pelos espanhóis, contará com 12 equipes, quatro a mais em relação ao ano passado. O Palmeiras será cabeça-de-chave, muito provavelmente em La Coruña mesmo, por questão estratégica e financeira. A lógica indicaria o Deportivo nessa condição, pois é um dos anfitriões, como ocorreu em 2000 com Vasco e Corinthians, que comandaram os grupos de Rio e São Paulo. Mas os organizadores estão mais interessados em garantir o sucesso econômico do campeonato. Para tanto, na visão deles foi necessário abrir mão desse tipo de deferência e recorrer a ajustes na composição das séries. O sorteio será dirigido. O primeiro desses acertos foi providenciado pela própria Fifa, ao determinar que equipes do mesmo continente não se enfrentem na etapa de classificação. Dessa forma, obrigatoriamente Real, Deportivo e Galatasaray, por exemplo, ficam em chaves separadas, assim como Boca e Palmeiras, mais os representantes das Américas Central e do Norte, Ásia e África. O segundo ajuste foi um pouco mais difícil de fazer, porque não houve consenso. A proposta que deve prevalecer é aquela em que Palmeiras e Deportivo joguem no Estádio Riazór, enquanto Boca e Galatasaray (Turquia) fiquem no Vicente Calderón, que pertence ao Atlético de Madrid. O Real Madrid se apresenta em casa, no Santiago Bernabéu, assim como o Galaxy, dos Estados Unidos. Mas, para que isso seja possível, não se podem sortear as sedes dos cabeças-de-chave. Porque sempre haveria o risco de o acaso jogar o Palmeiras no Vicente Calderón e o Boca no Estádio Riazór. E, em uma competição curta e nova como este Mundial, poucos parecem dispostos a deixar as bolinhas trabalhar de acordo com as leis da probabilidade. Pelo menos as bolinhas das duas primeiras urnas. A terceira e a quarta ficarão, de certa forma, por conta do imponderável. "Aí, qualquer combinação vale, desde que não joguem times da mesma região", comentou um dos responsáveis pela formatação do torneio. Assim, na terceira urna do sorteio devem ficar Jubilo Iwata (Japão), El Helal (Arábia Saudita) e Olimpia (Honduras). Na quarta, vão Zamalek (Egito) e Akra (Gana), da África, mais o Woolongong (Austrália). Existe também a possibilidade de o Jubilo Iwata ficar em um dos grupos de Madri, para atrair mais turistas japoneses para a cidade, que nessa época do ano é muito quente e fica esvaziada. A escolha do Palmeiras para a sede de La Coruña também vai atender a interesses dos organizadores. A cidade gosta de brasileiros, o Deportivo tem cinco em seu elenco (Mauro Silva, Donato, Djalminha, Émerson e César Sampaio) e haveria boa possibilidade de essa chave classificar duas equipes. Pelo regulamento, passam de turno o vencedor de cada série mais o melhor segundo colocado. Um bom indício de que o Palmeiras vai ficar em La Coruña foi dado pelo presidente Mustafá Contursi. O dirigente chegou à Espanha na manhã desta segunda-feira, com Carlos Facchina, seu antecessor no cargo. Ambos passaram o dia em contatos com os organizadores, participam do sorteio de hoje e na seqüência, pretendem ficar na própria cidade, por mais algum tempo, "para escolher hotéis e locais de treinamento", conforme deixou escapar Contursi. "Quer dizer, se ficarmos aqui mesmo. Porque oficialmente, ninguém nos disse nada", emendou o presidente, que não acredita em contos de fadas. O 2º Mundial de Clubes da Fifa começa dia 28 de julho, com a abertura no Estádio Riazór, em La Coruña, e a decisão está marcada para 12 de agosto, no Santiago Bernabéu, em Madri.

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