Publicidade

Palmeiras atropela o Santos no Allianz Parque e conquista título inédito da Copinha

Apoiado pela torcida, time alviverde não toma conhecimento do rival e vence clássico por 4 a 0

PUBLICIDADE

Por Gonçalo Jr.
Atualização:

O Palmeiras finalmente tem a sua Copinha. Depois de décadas de provocação dos adversários, o time alviverde conquistou pela primeira vez o título da Copa São Paulo de Juniores com uma goleada sobre o Santos por 4 a 0 nesta terça-feira, 25, no Allianz Parque.

Os versos “Palmeiras não tem Mundial, não tem Copinha, não tem Mundial”, criados a partir da canção "História pro Sinhozinho", de Dorival Caymmi, perderam o sentido na manhã quente de terça-feira. O Palmeiras começou o torneio como favorito, confirmou essa condição e foi o grande time do torneio. A festa dos 468 anos da cidade de São Paulo é verde.

Palmeiras goleou Santos por 4 a 0, nesta terça, no Allianz Parque, e levantou a taça da Copa São Paulo. Foto: Rodrigo Corsi/Copinha

PUBLICIDADE

Maior e mais visível torneio das categorias de base por causa das férias do futebol profissional, a Copinha marca a conquista de uma grande geração. É a continuidade de um longo trabalho do pentacampeão estadual da categoria. Vários atletas, como Wesley, Danilo e Patrick de Paula têm presença constante no time principal. Dos 30 inscritos na competição, 13 atletas atuaram no profissional em 2021. Dos que entraram em campo na final, só dois atletas – Endrick e Mateus – nunca foram relacionados para o time de cima. Além de encerrar o jejum, o time alviverde celebra a revelação de atletas como Endrick, talento de 15 anos, Giovani e Gabriel Silva – todos fizeram gol na final.

Campeão da Copinha em 1984, 2013 e 2014, o Santos buscava seu quarto título na Copinha, mas cometeu erros defensivos e mostrou falta de organização no ataque que prejudicaram a reação no jogo. 

Com atletas que atuaram nos últimos jogos do Campeonato Brasileiro do ano passado, o time de Paulo Victor se mostrou maduro, consciente e sem se importar com a pressão. O primeiro tempo foi um massacre, com 3 a 0 nos primeiros 15 minutos. O Santos não conseguiu igualar o jogo, nem técnica nem fisicamente, em nenhum momento do jogo.

A atmosfera para o título inédito era favorável. A final foi disputada com torcida única do Palmeiras no Allianz Parque – 50% do estádio foi liberado pelo público. Desde 2016, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo só permite torcedores de uma equipe nos clássicos para evitar eventuais confrontos. Na Copinha, o regulamento previa que o dono da melhor campanha teria o apoio da torcida. Essa conjunção de fatores – contestada pelos santistas – deixou o estádio pronto para a festa alviverde.

Destaque do Palmeiras na Copinha, Endrick fez o primeiro gol alviverde na vitória sobre o Santos Foto: Alexandre Battibugli/Copinha

Não houve tempo para dúvidas de que o Palmeiras levaria a taça. O Santos tentou adotar a tática de se defender e explorar os contragolpes, mas não conseguiu se segurar. Havia uma avenida no lado direito. A exemplo do que aconteceu na semifinal com o São Paulo, o Palmeiras saiu na frente cedo. Logo aos 5 minutos, após cruzamento de Vanderlan da esquerda, dois zagueiros do Santos falharam e Endrick finalizou de perna esquerda.

Publicidade

Seis minutos depois, uma pintura. Giovani – um dos grandes jogadores do time e autor do gol na semifinal – acertou um chute que encobriu o goleiro Diógenes. Coisa de gente grande. Vale lembrar que, neste ano, a Copinha permitiu jogadores até 21 anos, mas os dois primeiros gols foram marcados por garotos de 15 e 18 anos, respectivamente.

O terceiro gol foi uma bela cobrança de falta, aos 15. Colocando por cima da barreira, como se fosse com as mãos, Giovani praticamente definiu a final aos 15 do primeiro tempo. Na comemoração, o jogador que fez gol no Brasileirão do ano passado diante do Cuiabá e já atuou 13 vezes entre os profissionais fez reverências para a torcida. Na verdade, foi o estádio todo que se encantou com jogador maduro e consciente mesmo tão jovem.

Santistas e palmeirenses levaram a rivalidade dos profissionais, com a decisão recente da Copa do Brasil e da Libertadores, para a base. Saíram faíscas das divididas, como diziam os antigos narradores. Por isso, Ed Carlos recebeu cartão amarelo com menos de cinco minutos. Irritados com a derrota, os santistas perderam a cabeça e os cartões foram se somando. No final do primeiro tempo, Derick foi expulso.

Com mais espaço, o Palmeiras ampliou o placar com facilidade no segundo tempo. Vanderlan deu sua segunda assistência no jogo ao cruzar na cabeça de Gabriel Silva, que fez mais um. Jogando fácil e sem encontrar uma marcação organizada, o time poderia ter feito mais gols – um gol deles, que seria o terceiro de Gabriel Silva – foi anulado corretamente por impedimento.

Os palmeirenses esperam agora que o título inédito da base seja um prenúncio da conquista do Mundial de Clubes, em fevereiro, para enterrar de vez a gozação dos rivais. A primeira parte da missão está concluída.

Avassalador, Palmeiras abriu 3 a 0 ainda no primeiro tempo na goleada sobre o Santos Foto: Marco Galvão/Copinha

Ficha técnica

Palmeiras 4 x 0 Santos

Publicidade

Gols: Endrick, aos 5; Giovani, aos 11; Gabriel Silva, aos, 15 minutos do 1º tempo; Gabriel Silva, aos 8 do 2º tempo.

Palmeiras: Mateus; Garcia, Naves, Lucas Freitas e Vanderlan (Ian); Fabinho, Pedro Bicalho (Pedro Lima) e Gabriel Silva (Lucas Sena); Giovani (João Pedro), Endrick (Vitinho) e Jhonatan (Kevin). Técnico: Paulo Victor.

Santos: Diógenes, Andrey (Rafael Moreira), Jair Paula, Derick e Lucas (Nycollas); Jhonnathan, João Victor (Mateus Nunes) e Ed Carlos; Fernandinho (Pedrinho), Rwan Seco e Weslley Patati. Técnico: Elder Campos

Cartões amarelos: Ed Carlos, Lucas Pires, Jhonnathan

Cartão vermelho: Derick

Árbitro: Gustavo Holanda Souza

Público: 20814 pagantes

Publicidade

Local: Allianz Parque (SP)

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.