O técnico Eduardo Baptista deixou o comando do Palmeiras na noite desta quinta-feira. Logo após o retorno do elenco de Cochabamba, na Bolívia, onde o time perdeu por 3 a 2 para o Jorge Wilstermann, pela Copa Libertadores, no último compromisso do treinador no cargo. O favorito para assumir o comando é Cuca, campeão brasileiro pelo clube no ano passado, mas treinador desconversa: "O meu interesse é o que menos importa. O que importa é o da diretoria".
Contratado no fim do ano passado, Baptista deixa a equipe após 21 jogos, 14 vitórias, dois empates e cinco derrotas, com aproveitamento de 70% dos pontos. O fim da passagem de Baptista foi determinado em uma reunião na Academia de Futebol. Logo depois do retorno da Bolívia, o presidente do Palmeiras, Maurício Galiotte, o diretor de futebol, Alexandre Mattos, e o treinador se dirigiram ao local para a última conversa.
Pesou para a saída do treinador a falta de regularidade nos últimos jogos e a dificuldade de fazer o time render o esperado. Com 11 reforços para a temporada e investimento alto, o Palmeiras tem como ambição ganhar a Copa Libertadores, competição em que é líder do grupo 5, mas ainda não está garantido na próxima fase. No dia 24, no Allianz Parque, a equipe recebe o Tucumán e precisa do empate para confirmar a classificação.
O ambiente para Baptista começou a piorar a partir da eliminação no Campeonato Paulista, diante da Ponte Preta. O Palmeiras perdeu por 3 a 0 no jogo de ida, em Campinas, e não conseguiu reverter a desvantagem na volta. A pressão sob o técnico amenizou porque na partida seguinte, contra o Peñarol, no Uruguai, a equipe conseguiu ganhar por 3 a 2 de virada, pela Libertadores.
Na competição sul-americana as três vitórias palmeirenses não aliviaram a pressão sobre Baptista. Os resultados positivos em casa contra Jorge Wilstermann e Peñarol, por exemplo, foram com gols nos acréscimos e não aliviaram as críticas internas sobre o trabalho do treinador, que tinha contrato válido até o fim da temporada.