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Palmeiras e Pirelli apostam nos jovens

O presidente Mustafá garantiu que a chegada da Pirelli ao Palestra Itália não mudará a política do bom e barato adotada pelo clube no ano passado.

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Por Agencia Estado
Atualização:

A chegada da Pirelli ao Palestra Itália não vai mudar em nada a política do bom e barato adotada pelo Palmeiras no ano passado. É o que garantiu hoje o presidente Mustafá Contursi durante a cerimônia de assinatura do contrato de patrocínio com a multinacional italiana. Apesar do reforço de caixa, o dirigente não fará grandes contratações e a aposta maior será nas categorias de base. Nem o apelo dos torcedores o comoverá. Pelo contrário. Mustafá contou que costuma receber inúmeras cartas diariamente, mas nem sempre as responde. Uma, porém, chamou sua atenção. "Um torcedor escreveu que era contra a política do bom e barato; li e logo respondi que eu era contra o ruim e caro." Com os objetivos em comum, o Palmeiras e seu patrocinador deverão formar uma dupla bastante entrosada. A empresa também não está disposta a investir muito alto, como fez a Parmalat em meados da década de 90. "Queremos facilitar o desenvolvimento de jovens atletas das categorias de base", afirmou Giorgio della Seta, presidente da Pirelli. A principal meta é proporcionar um estreitamento entre o Palmeiras e a Internazionale de Milão, patrocinado pela mesma multinacional. Não existe, no entanto, a possibilidade de Marcos, por exemplo, ir para a Itália ou de Ronaldo voltar para o Brasil. As possíveis trocas serão limitadas a juvenis ou juniores. O contrato tem duração de 2,5 anos e terminará em dezembro de 2003. O Palmeiras receberá, no total, cerca de US$ 5 milhões, o que equivale a quase US$ 170 mil por mês. No caso de boas campanhas em campeonatos nacionais e internacionais haverá um bônus, proporcional à importância do torneio. A Pirelli pagará um prêmio ao clube por chegar à semifinal, à final e, claro, pelo título. Segundo Mustafá, o dinheiro será utilizado apenas no Departamento de Futebol. Uma grande diferença existe entre o acordo da Pirelli e o da Parmalat, que deixou o clube em dezembro de 2000. A Parmalat não era apenas patrocinadora, mas uma parceira, que comprava e vendia passes de jogadores, se reunia com os dirigentes do Alviverde para traçar planos e interferir diretamente no Departamento de Futebol. Modernização - As chances do Palmeiras de assinar contrato de parceria com uma multinacional para a viabilização da reforma do Palestra Itália são boas, segundo Mustafá. Para pôr em prática o que está no papel, o custo girará em torno de US$ 70 milhões. E a Globo, que tem relações estreitas com o clube, ainda mostra interesse em usar o estádio para organizar eventos. Por isso, também poderá participar do projeto. Seguindo a política do bom e barato, Mustafá deverá acertar, nos próximos dias, a contratação do volante Mazinho, que custará pouco aos cofres do clube. O atacante Edmundo, que está disponível no mercado, foi logo descartado por causa do elevado salário. Leandro, lateral do Vitória, também interessa.

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