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Palmeiras e Santos jogam em nome da honra no Pacaembu

Alviverde precisa da vitória para confirmar a recuperação enquanto o Alvinegro corre atrás de três pontos para se manter na luta pelo G-4

Por Daniel Batista e Sanches Filho
Atualização:

Com direito a um Pacaembu lotado (a expectativa é de que cerca de 32 mil torcedores estejam presentes), Palmeiras e Santos devem protagonizar um clássico eletrizante neste domingo, naquele que pode ser o último Clássico da Saudade – como é conhecido esse derby – no estádio municipal. Os times entram em campo com necessidades e, provavelmente, posturas diferentes. No lado verde do jogo, Dorival Júnior quer a vitória para consolidar uma nova fase da equipe e, dependendo de outros resultados, se afastar ainda mais da zona de rebaixamento. O treinador já deixou claro em entrevistas coletivas, que não está confortável ainda com a posição da equipe, que começou a rodada com quatro pontos de distância da zona da degola. Enderson Moreira, técnico do Santos, ainda não jogou a toalha na briga para entrar no G-4. A distância é de sete pontos, portanto, um tropeço hoje deixa a situação quase irreversível. Em comum, o fato de ambos apostarem nos ataques que vivem um grande momento. No Palmeiras, Henrique briga pela artilharia do nacional e tem 13 gols. Seu companheiro, Cristaldo, ganhou a vaga de Leandro e parece ter se tornado o preferido do treinador. O Santos aposta em três atacantes. A estrela Robinho, o oportunista Gabriel e Geovânio, que deu a volta por cima e voltou a aparecer bem.

Wesley e Arouca disputam a bola no clássico entre Santos e Palmeiras disputado no primeiro turno Foto:

A postura das equipes com a bola rolando também deve ser um contraste. A ideia de Dorival Júnior é tentar não acelerar demais o jogo, já que o adversário tem como ponto forte a velocidade de seus atacantes. Valdivia será fundamental para ditar o ritmo da equipe e segurar a bola, como quer o treinador. No Santos, além de colocar velocidade, a ordem é pressionar para abrir logo o placar e transformar o apoio, que o Palmeiras deve ter das arquibancadas, em pressão contra. Em relação as equipes, outra diferença. Dorival parece ter encontrado sua “formação ideal” e só tem mexido no time quando existe a necessidade, seja por lesão ou suspensão. Hoje, dos possíveis titulares, todos estão à disposição. Juninho e Lúcio sentiram dores musculares, mas devem atuar. Enquanto isso, Enderson espera ter encontrado os seus 11 preferidos. Ele escalou 12 formações distintas em 12 jogos no comando do Santos, mas a postura da equipe na goleada por 5 a 0 em cima do Botafogo, quinta-feira, no Pacaembu, parece ter agradado ao treinador. ROBINHO VOLTA Desta vez, ele só não vai repetir a equipe porque Robinho está de volta da seleção brasileira e tem lugar garantido. Outra mudança é obrigatória. Cicinho cumprirá suspensão pelo terceiro cartão amarelo e Victor Ferraz será o lateral-direito. Enderson está preocupado com o desgaste do time que vai disputar dois jogos em três dias, enquanto o Palmeiras teve a semana inteira para recuperar jogadores, se preparar e descansar. "É um clássico, um jogo especial. Evidente que a equipe que está se preparando a semana toda para esse confronto tem a vantagem", disse o treinador santista. Dorival acredita que a facilidade do jogo que o Santos teve diante do Botafogo, não exigiu muito fisicamente dos atletas. "O Santos não teve um jogo desgastante. Foi um jogo trabalhado e com posse de bola". Apesar da goleada sobre o Botafogo, no Brasileiro o Santos vem de uma derrota (3 a 0) para o Criciúma.FICHA TÉCNICA PALMEIRAS: Fernando Prass; João Pedro, Lúcio, Tobio e Juninho; Victor Luis, Marcelo Oliveira, Wesley e Valdivia; Cristaldo e HenriqueTécnico: Dorival JúniorSANTOS: Vladimir; Victor Ferraz, Edu Dracena, David Braz e Mena; Alison, Arouca e Lucas Limas; Geovânio, Gabriel e RobinhoTécnico: Enderson MoreiraJUIZ: Flávio Rodrigues de Souza (SP)LOCAL: Pacaembu, em São PauloHORÁRIO: 16h

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