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Palmeiras empata sem gols com Atlético-MG

De volta à Primeira Divisão do campeonato nacional, o time paulista não mostrou um bom futebol e saiu vaiado de campo.

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Por Agencia Estado
Atualização:

Um ano e cinco meses depois e o Palmeiras voltou a jogar na Primeira Divisão. Foi como se não tivesse voltado. Saiu vaiado pela sua torcida, que em 2003 havia dado grande exemplo de amor ao time. Foi de dar dó aos quase 10 mil torcedores que enfrentaram chuva e frio para ver o empate sem gols com o Atlético-MG, nesta quarta-feira, no Parque Antártica, na estréia no Brasileirão 2004. A esperança de ver um time de elite, depois da epopéia da Segundona ano passado, ficou na esperança. Mais que isso: uma frustração. Em nenhum momento o Palmeiras empolgou. Desorganizado, sem comando dentro e fora de campo, a equipe padeceu 90 minutos. Um horror. "Dentro das nossas possibilidades, fizemos o que foi possível", disse Marcos, um claro alerta à mediocridade geral do time. O goleiro sabe que a torcida vai sofrer muito no Campeonato Brasileiro. No primeiro tempo, o Palmeiras jogou como se ainda estivesse na Segunda Divisão. Importante era a correria, ansiedade para definir o lance logo, nada de trabalhar a bola. Time afobado como no ano passado quando se exigiu valentia, muito suor e pouco cérebro. A pressa para resolver a jogada era tão evidente que ninguém quis pensar um pouco. Os jogadores pareciam incomodados com a Série A. Chegavam até a intermediária e arriscavam chutes na tentativa de surpreender o esperto goleiro Eduardo. Expediente que valeu a pena em um chute de Diego Souza, aos 15 minutos do primeiro tempo, com Eduardo desviando para escanteio. Dez minutos depois, uma das quatro torres de iluminação do Parque Antártica apagou. E o árbitro Gaciba paralisou a partida. Bom momento para os jogadores do Palmeiras repensarem a estratégia ou baixar a adrenalina. Tempo para lucidez. Nada feito. Depois de 13 minutos de interrupção, as luzes se acenderam, bola em jogo e o time de Picerni na mesma batidinha. Desorganização total: Pedrinho, Diego Souza e até o volante Corrêa embolados na armação das jogadas. Muñoz esquecido na ponta-direita e Vágner encaixotado entre dois zagueiros. Uma bagunça completa. O Atlético tinha pelo menos um plano. Marcação forte em Pedrinho com o volante Hélcio e saída rápida para o ataque com os meias Tucho na esquerda ao lado do lateral Djair, e o meia Renato fazendo a mesma coisa do outro lado com o lateral Carlinhos. Os meias abriam e cruzavam a bola na área. Marcos teve de se virar. Salvou dois gols. Aos 30, em um chute de Tucho. E aos 38, com Alex Mineiro. No segundo tempo, os dois times voltaram sem substituições. Depois Picerni trocou Diego Souza por Fábio Gomes. O que era ruim ficou pior ainda. Nenhum dos dois times conseguiu uma boa jogada e se perderam em quase cem passes errados. Pobre Palmeiras, pobre Atlético. Infeliz o torcedor. Reforços - A partir desta quinta-feira, o atacante Thiago Gentil e o volante Claudecir começam a trabalhar com o grupo na Academia de Futebol. ?Os atletas que estão chegando já eram do Palmeiras. Tem de ter complemento com mais três ou quatro peças?, afirmou Picerni. Mesmo cobrando reforços, o treinador adiantou que vai utilizar bastante o volante. ?Com o Picerni o Claudecir joga?, disse. Fará alguns testes físicos e, liberado, pode até ganhar uma vaga, mas na meia.

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