Palmeiras faz proposta para Valdivia ganhar bônus só se for titular

Proposta revolta o jogador e acordo parece longe do fim

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Por Daniel Batista
Atualização:

O meia Valdivia está irritado com a postura dos dirigentes do Palmeiras, em especial a do diretor de futebol, Alexandre Mattos, por causa da proposta de renovação de contrato feita para seu pai e procurador, Luis Valdivia. O Estado apurou que há cerca de um mês, Luis Valdivia veio ao Brasil para conversar com Mattos e ouviu a seguinte proposta: R$ 120 mil mensais de salário fixo e mais R$ 60 mil por partida em que o chileno for titular – se ele entrar no decorrer da partida não ganhará o bônus. A proposta revoltou o jogador, que está se sentindo desprestigiado pela direção do clube. Vários atletas do elenco ganham um valor fixo maior do que o oferecido ao chileno, e o bônus por jogo é pago mesmo que o jogador entre no decorrer da partida. Casos, por exemplo, de Dudu, Zé Roberto e Arouca. Nos valores atuais da negociação, a chance é zero de acordo. Ficou combinado que uma nova conversa aconteceria após o Campeonato Paulista, mas até agora nada mudou. O salário de Valdivia é de R$ 400 mil brutos, e não R$ 500 mil como divulgado diversas vezes. Para conseguir receber o que ganha hoje, teria de fazer, pelo menos cinco partidas por mês, ou seja, atuar na maior parte dos jogos da equipe no Brasileiro.

Valdivia está incomodado com a diretoria do Palmeiras Foto: Nilton Fukuda/Estadão

Valdivia acha injusto não receber nada quando não puder jogar por estar a serviço da seleção chilena – o que ocorrerá com frequência a partir de setembro, quando começará a disputa das Eliminatórias para a Copa do Mundo – ou em tratamento de contusão sofrida durante um jogo. CLUBE DEVE AO JOGADOR Outro assunto que também faz com que a situação fique ainda mais delicada, é que o Palmeiras deve para o jogador pouco mais de R$ 1 milhão e, por enquanto, não existir previsão para quitar esse débito. Valdivia divide os dirigentes do clube. Nobre defende sua permanência, enquanto Alexandre Mattos entende que a relação custo-benefício é ruim. O gerente de futebol do Cruzeiro, Valdir Barbosa, entrou em contato recentemente com o Palmeiras admitindo interesse no chileno, e queria contar com ele já para a disputa do mata-mata da Libertadores. Mas o presidente Paulo Nobre avisou que não vai deixá-lo sair antes do término do contrato, que se encerra no dia 17 de agosto. Nos bastidores do Alviverde pouca gente acredita na permanência do meia, e a maioria acha que ele voltará a jogar no Oriente Médio. Mas há os que temem que ele continue no Brasil e acabe se destacando por outra equipe, fazendo com que surja algumas críticas por "deixá-lo ir embora". A tendência é que a situação continue indefinida pelo menos até a Copa América, que começa dia 11 de junho.

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