Leila Pereira apareceu em seu hotel para atender a imprensa nesta quinta-feira em uma conversa que não estava programada e, inicialmente, duraria apenas dez minutos. A presidente do Palmeiras, acostumada a se estender nas respostas, falou mais do que o previsto. Disse não ter assistido à vitória do Chelsea por 1 a 0 sobre o Al-Hilal. O time inglês será o adversário do clube alviverde na decisão do Mundial de Clubes, sábado, às 13h30 (de Brasília), no Mohammed Bin Zayed Stadium.
"Quer que eu te fale uma coisa com toda a sinceridade? Não assisti ao jogo ontem", comentou. "Independentemente de quem fosse, estamos trabalhando para disputar o Mundial com muita humildade e pé no chão. Então, tanto Chelsea quanto qualquer outro clube, vai ser um jogo extremamente difícil. É uma final de Mundial. Não se pode menosprezar nenhum time", projetou a presidente.
A empresária entende que o favoritismo "pode ser deles", do Chelsea, o clube mais poderoso financeiramente e atual campeão europeu. Mas isso não anula a confiança que ela tem nos jogadores do Palmeiras, que podem levantar a primeira taça desde que Leila assumiu o cargo mais proeminente do clube, no fim do ano passado. Ela não conta a Copinha, dos garotos, vencida em janeiro pela primeira vez na história do clube.
"Estamos disputando o Mundial com o campeão da Liga dos Campeões. É um jogo extremamente difícil, mas já é um grande feito estarmos aqui nesse patamar disputando o Mundial. Estamos aqui para lutarmos para voltarmos para o Brasil com esse troféu", avisou.
Rotina de uma mulher presidente
E como é a rotina de Leila Pereira, como presidente do clube, em Abu Dabi? Ela disse que continua sendo a mesma pessoa de antes de assumir o comando da instituição, mas com mais responsabilidades. "Estou aqui para dar o suporte com a comissão técnica, almoço com eles, acompanho os treinamentos, mas sei exatamente qual é a minha posição, sou presidente e estou aqui para defendê-los e dar todo o apoio para o que necessitam. A presidente é importante em qualquer situação, nas espetaculares e nas situações difíceis", observou ela, desejando viver no sábado uma "situação histórica" com o tão almejado troféu.
"O que o presidente está fazendo é o melhor para o Palmeiras. Estou sempre pensando na instituição. Ninguém é mais importante. Todas as minhas decisões são para melhorar o clube. Não estou aqui para ser corporativista, para prestigiar aquele ou aquele outro", completou a mandatária.