Palmeiras muda ao olhar para a juventude

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Por Agencia Estado
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Os efeitos do fim da parceria com a Parmalat trouxeram mudanças tão profundas no Palmeiras que ainda hoje sua área de futebol ainda está em transformação. No início da década passada, o clube buscava seus talentos em grandes equipes do Brasil e do exterior. Hoje, a mentalidade mudou e, ao invés de craques consagrados, a meta é descobrir jovens talentos para serem formados ou terminarem sua formação no clube antes de serem lançados como profissionais no Palestra Itália. Somente para a Taça São Paulo de Juniores o Palmeiras contará com sete jogadores que chegaram em outubro: os atacantes Rafael Marques (Ponte Preta) e Paulinho (XV Piracicaba), os laterais Wellington (Mirassol) e Caimi (União Bandeirantes), os volantes Vinícius (Nacional) e André (XV Piracicaba) e o meia Júlio César (Rio Branco). O técnico também é novo: o ex-goleiro Wilson Coimbra chegou no início do semestre e corre contra o tempo para preparar a equipe para a Taça São Paulo, que começa dia 4. Diz que terá apenas um mês para integrar os recém-chegados e montar um grupo para a competição. "Não é o ideal, mas será possível fazer um bom trabalho", avalia o treinador, que parece progredir. Sexta-feira, a equipe participou de um jogo treino com o Nacional. Os titulares venceram o primeiro tempo por 3 a 0. No segundo, com o reserva, tomou dois gols, mas manteve a vantagem. Coimbra diz que pretende implementar nos juniores as características do profissional comandado por Jair Picerni: estilo ofensivo e jogadores batalhadores. Para isso, além de um grupo renovado, o técnico garante que conta com boa infra-estrutura. "Temos um centro de treinamento em Guarulhos onde contamos com cinco campos, mais vestiários. E isso é muito importante para o nosso trabalho." Coimbra também considera positivo o otimismo trazido pelos bons resultados da primeira "safra". Segundo o técnico, o número de garotos que têm buscado o clube para peneiras cresceu com o sucesso de Vágner Love, Diego Souza, Alceu e Gláuber. "Não sei dizer quanto, mas houve aumento de procura em categorias como o infantil e o mirim." Mas engana-se quem pensa que a mudança surgiu do acaso. O próprio presidente Mustafá Contursi admitiu que a nova postura veio da necessidade. Com a saída da Parmalat, a solução para repor os jogadores que tinham vínculo com a empresa foi fazer peneiras e aperfeiçoar não só o time de juniores como formar o Palmeiras B.

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