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Palmeiras não fará treinos em Garanhuns

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Por Agencia Estado
Atualização:

As reclamações de jogadores como Marcos sobre as prováveis precárias condições do gramado do Estádio Gigante do Agreste, em Garanhuns, onde o Palmeiras jogará sábado contra o Sport, não sensibilizaram a diretoria do clube. O último treino para o jogo que pode garantir o retorno do time à Série A do Brasileiro (basta um empate) será realizado nesta sexta-feira em Maceió, no campo do CRB. Diretores alegam que não encontraram acomodações suficientes para hospedar o elenco na cidade pernambucana. Mas o receio por ter de atuar em um local desconhecido fica claro nas palavras dos atletas. ?É difícil fazer a análise de uma partida que será realizada em um local do qual eu jamais havia ouvido falar. Mas espero que amanhã (21) a gente possa pelo menos ter uma noção das condições que encontraremos pela frente?, afirmou Diego Souza, mostrando não saber que o treinamento final para o jogo não será realizado em Garanhuns. Revoltado com a determinação do local da partida, Marcos afirmou que não cobrou da Diretoria do Palmeiras, que poderia tentar na CBF a mudança do local. E voltou a manifestar sua indignação pelo fato de os jogadores nunca serem ouvidos antes de decisões importantes. ?Quem vai entrar em campo serão os jogadores de Palmeiras e Sport, não os dirigentes ou muito menos os barrigudinhos que ficam nos criticando nas mesas redondas. Por isso, tenho o direito de exigir melhores condições de trabalho. Se um dia eu chegar na Academia para treinar e a trave estiver torta, serei o primeiro a reclamar com o responsável pela manutenção. Da mesma forma, não posso aceitar que uma partida tão importante seja disputada em um estádio como esse. Não tenho nada contra a cidade nem contra o povo pernambucano, mas sim contra o estádio, que conheci apenas por fotos.? O goleiro afirmou que aprendeu durante a carreira a dar valor a pequenos detalhes. ?O Palmeiras vive um ótimo momento, mas todo o trabalho de um ano pode ser jogado por terra por uma situação que não depende da vontade dos jogadores. Imagina se eu não conseguir segurar uma bola que bater antes em um ?morrinho artilheiro?. No dia seguinte, todos vão cair de pau em cima de mim. A mesma reclamação vale para a iluminação. Quem vai ter que sair do gol para cortar os cruzamentos tendo a luz contra o rosto serei eu, não os jornalistas.? O goleiro afirmou estar preocupado com a força do Sport. ?É um time muito forte, equilibrado. Por isso, volto a dizer que não estou indo para o Nordeste para fazer festa. Será a partida mais importante do ano, depois de toda a humilhação que sofremos.? Indiferente à condição do gramado, o zagueiro Leonardo acredita que o pensamento deve estar voltado somente para o que vai acontecer em campo. ?Se estiver ruim, isso afetará os dois times. E eu, particularmente, não quero me envolver com questões que fujam ao lado técnico e tático da partida. Estou com o pensamento muito positivo em relação ao que poderemos fazer.? Leonardo, que fez parte da equipe que caiu para a Série B em 2002, também comemora o entrosamento com Gláuber. ?Ele entrou muito bem e deu segurança à defesa. Tenho certeza: jogaremos tranqüilos em Garanhuns. Mas não quero me antecipar e falar em comemoração antes da hora. Vai ser uma decisão. Primeiro vamos fazer o nosso trabalho.?

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