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Palmeiras precisa vencer na Argentina

Por Agencia Estado
Atualização:

Mais duas ou três viagens e o goleiro Marcos poderá candidatar-se a guia turístico em Buenos Aires. Na Argentina, ele é ?figurinha carimbada?, mais conhecido que muitos jogadores argentinos. Quando entra em campo, não provoca mais reação no público, embora seja titular da seleção brasileira. Os torcedores já estão acostumados com sua presença. Nesta quarta-feira, ele volta à capital argentina pela 10ª vez em apenas três anos. Vai defender o Palmeiras contra o River Plate, pela Copa Mercosul, às 21h40. Marcos já enfrentou o próprio River, o Boca Juniors, o San Lorenzo, o Racing e o Independiente nos últimos anos. "Posso até disputar o Campeonato Argentino, porque joguei contra quase todos os times", exagera. Há três semanas, lá estava ele. Foi o goleiro da seleção brasileira contra a Argentina, pelas Eliminatórias sul-americanas para a Copa do Mundo de 2002. Não teve sorte. O time do técnico Luiz Felipe Scolari perdeu por 2 a 1. As lembranças do goleiro não são as melhores. Foi o Boca Juniors que tirou do Palmeiras dois títulos da Libertadores. Mas os argentinos nunca lhe deram motivos para reclamação, garante Marcos. Sempre foi muito bem recebido pelo público, que tanto o conhece. "Falam que os argentinos são chatos, mas nunca tive problema. Considero um povo simpático." Marcos acostumou-se a andar de um lugar para outro de ônibus em Buenos Aires. Por isso, conseguiu conhecer parte da cidade, mas lamenta não ter podido visitar com calma os principais pontos turísticos. Os jogadores não são liberados para sair do hotel. Saem apenas para treinos e jogos. "Mas deu para ver que a cidade é maravilhosa", ressalta. Quando tem contato com o público, é o mais assediado entre os palmeirenses. "Sou bem conhecido na Argentina." E não fica nada aborrecido quando cai no mesmo grupo de um time portenho. Prefere ir a Buenos Aires a outros lugares da América do Sul, mesmo que seja pela centésima vez. "É bom porque a viagem é curta." O tempo médio do percurso São Paulo-Buenos Aires, de avião, é de 2 horas e meia. Na noite desta quarta-feira, Marcos e o Palmeiras precisarão ter mais sorte do que teve nos últimos jogos na Argentina. Um empate não bastará. Apenas a vitória mantém o time brasileiro com chances de se classificar para as quartas-de-final da Mercosul. "O River também precisa vencer para se manter vivo e, por isso, confio num grande jogo", espera o técnico Celso Roth. Palmeiras e River estão empatados na segunda posição do Grupo E, com 4 pontos. O Grêmio, já classificado, é o líder, com 12. O atacante Dario Muñoz retorna à equipe depois de passar mais de um mês recuperando-se de contusão no joelho direito. O colombiano fará dupla com Tuta. Galeano melhorou das dores no tornozelo esquerdo e joga. Misso ganhou a vaga de Rovílson na lateral esquerda. No clube, começaram as especulações de que Juninho Paulista e Euller podem reforçar o time em 2002. Eles estão insatisfeitos no Vasco, que não está pagando corretamente os salários, e podem deixar São Januário. Os dois sempre interessaram ao presidente do Palmeiras, Mustafá Contursi.

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