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Palmeiras promete a garra da Série B

A maioria do elenco que enfrenta o Tacuary nesta quarta-feira esteve presente na vitoriosa campanha da Segunda Divisão.

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Por Agencia Estado
Atualização:

A experiência na Segunda Divisão ainda é o grande ponto de referência do Palmeiras. Jogadores que viveram a aventura da Série B nacional acreditam que o espírito guerreiro de 2003 pode sedimentar o caminho do sucesso na briga por vaga para a fase principal da Copa Libertadores da América. Nessa linha de raciocínio, garra, atenção e coração devem prevalecer sobre a técnica, se for necessário, já no duelo com o Tacuary, nesta quarta-feira às 21h30 (horário de Brasília), no Estádio Roberto Bettega, em Assunção, com transmissão da SporTV. Bons ventos trouxeram a delegação brasileira ao Paraguai. O grupo liderado por Estevam Soares chegou no meio da tarde com chuva leve e temperatura agradável, em torno de 19 graus, praticamente a metade do que fazia dois dias atrás. Se a previsão meteorológica se confirmar, há até possibilidade de chuva na hora do jogo. "Se o tempo ficar assim, será bom", disse o treinador. "O grupo será menos exigido do ponto de vista físico." O desgaste que na verdade o Palmeiras teme é o psicológico. Como enfrentará um rival sem nome, sem tradição e principalmente sem nada a perder, existe a consciência de que aumentam a obrigação de vitória e o risco de eventual cobrança. "Claro que seria interessante dividir a responsabilidade", reconheceu Estevam. "Se fôssemos enfrentar um rival como Cerro ou Olimpia, ficaria equilibrado, em termos de história", ponderou. "Mas é um risco que devemos correr para superar o turno." O Tacuary não é um enigma total para Estevam. Com o material que recebeu de seu ?espião? Wilson Coimbra, pôde ter noção aproximada do que o espera no campo do estádio erguido no meio de imensa área verde, em Zeballos Cué, periferia de Assunção. "É um time jovem, como o nosso, e com jogadores que correm pra burro", exagerou. "Vi lances de jogos e me chamou a atenção o empenho desses atletas. Dão a impressão de estar sempre disputando uma final e têm Román e Ortellado, na frente, para surpreender quando saem no contra-ataque." Guerreiros - Mas a maior dica que Estevam recebe a respeito da melhor forma de o Palmeiras comportar-se vem de seus jogadores. Sejam experientes, como Magrão, ou novatos no torneio sul-americano, como Correia, há consenso de que a ?alma da Segundona? pode deixar a vaga bem próxima da realidade, de preferência ainda nesta quarta-feira. Comportamento guerreiro é a sugestão para não permitir que o Tacuary seja o Asa, o Paulista ou o Santo André de 2005. "Este grupo, em grande parte, disputou a Série B do Brasileiro e a maioria é de jovens", recorda Magrão, um dos líderes do elenco. Magrão não se inclui na lista de famosos da equipe, mas assim como os dois goleiros ele é dos poucos que disputaram Libertadores pelo Palmeiras - esteve na campanha de 2001. A experiência anterior fez com que lesse a competição sul-americana de forma bem clara. "Quando jogamos com seriedade e sem nos considerarmos favoritos, vamos bem", relembra. Mistérios - Esconder o jogo na véspera também é tradição na Libertadores. Em sua estréia na competição como treinador, Estevam prefere não romper esse elo. Por isso, deu treino fechado nesta terça-feira pela manhã, antes do embarque, e tratou de deixar no ar diversas alternativas para o time que será o mais ilustre a ter pisado no gramado nos dois anos de existência do Estádio Roberto Bettega, o palco dos sonhos do Tacuary. "Tenho tempo para decidir o time", desconversou. "Posso jogar com três zagueiros, posso tirar o Claudecir, posso começar como na partida com o São Caetano..."

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