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Palmeiras se divide entre frustração e orgulho após derrota na final do Mundial

Jogadores reconhecem chateação, mas se dizem honrados pelo desempenho que tiveram diante do campeão europeu em Abu Dabi

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Foto do author Ricardo Magatti
Por Ricardo Magatti
Atualização:

Mescla de tristeza e orgulho é o que sentem os jogadores do Palmeiras em relação à campanha no Mundial de Clubes. Os atletas adotaram um tom parecido depois da derrota para o Chelsea que adiou o sonho do título e de alcançar o topo do mundo. Reconheceram estarem chateados e frustrados, mas honrados pelo desempenho que tiveram diante do campeão europeu em Abu Dabi, no estádio Mohammed Bin Zayed.

No entendimento dos atletas, o Palmeiras fez um jogo parelho com os ingleses, que conquistaram um triunfo com um gol nos minutos finais da prorrogação anotado por Havertz, de pênalti. No tempo normal, Lukaku e Raphael Veiga marcaram. "É frustrante perder um jogo assim, mas faz parte do futebol", resumiu o volante Zé Rafael.

Jogadores do Palmeiras recebem medalha de prata após derrota para o Chelsea Foto: AP/Hassan Ammar

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"Tenho certeza que não só nós temos orgulho do grupo pelo que apresentamos. Queríamos o título, não conseguimos, mas o time está de parabéns pela garra, determinação, a seriedade com que encaramos a competição", afirmou Dudu.

"A gente fez um grande trabalho, chegamos na final e jogamos de igual para igual com o Chelsea. Uma equipe de muita qualidade, que coloca muita velocidade no jogo", completou o camisa 7, eleito pela Fifa o segundo melhor jogador do torneio. O posto de craque da competição foi dado a Thiago Silva.

Danilo foi o terceiro na lista dos melhores da competição, mas trocaria o troféu pelo título. "Muito valor ganhar como terceiro, mas se fosse para trocar o título do Mundial eu aceitaria", admitiu. "Estou orgulhoso de todos que entraram, os que estavam fora, demos nosso máximo, mas infelizmente não conseguimos sair com a vitória", emendou o baiano de Salvador.

O jovem volante de 20 anos sai do Mundial ainda mais valorizado em virtude de suas apresentações. É improvável que o Palmeiras consiga segurá-lo no meio do ano. Seu futuro deve ser o futebol europeu.

Gustavo Scarpa disse que os atletas seguiram fielmente o plano desenhado pelo técnico Abel Ferreira e fizeram um jogo digno de um atual campeão sul-americano. Ele viu um jogo equilibrado, mas reconheceu que os ingleses foram superiores na maior parte do confronto.

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"Dentro da proposta que estabelecemos, a gente foi muito bem. Sabíamos que eles, pela superioridade técnica e física, ditariam o ritmo de jogo", analisou. O elenco, ele diz, não tem de levantar a cabeça porque ela permanece erguida. "É seguir em frente e buscar voltar de novo aqui conquistando mais uma Libertadores".

Deyverson, além de orgulho, não se sente chateado, ao contrário dos companheiros. A trajetória no Mundial, com vitória sobre o Al Ahly e um jogo consistente diante do Chelsea, lhe deixa orgulhoso e feliz.

"Não estou triste. Pelo trabalho que fizemos. Muita gente não acredita que chegaríamos até aqui", falou o sincero atacante. Ele interrompeu a entrevista para pedir uma camisa a Lukaku. Mas o belga passou apressado pela zona mista e ignorou o pedido do jogador.

O voo da delegação do Palmeiras de Abu Dabi com destino a São Paulo sai às 5h do domingo (22h do sábado, pelo horário de Brasília) e tem previsão de chegada à capital paulista às 13h. O time volta a jogar quarta-feira, às 19h, contra a Ferroviária, em Araraquara, pelo Paulistão.

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