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Palmeiras sofre mas vence o Londrina

Por Agencia Estado
Atualização:

O Palmeiras sofreu para sustentar a vice-liderança da Série B do Campeonato Brasileiro. Com um jogador a menos, desde o começo do jogo, venceu o Londrina por 1 a 0, neste sábado, no Parque Antártica. Resultado que mantém o time a um ponto do líder Botafogo ? 27 a 26. Foi uma agonia, mas o time mostrou que também é valente. Marcinho quase arruinou o Palmeiras no primeiro tempo. Muito elétrico, dividindo todas as bolas, fez falta em Marcelo Silva e levou o cartão amarelo. Enfurecido, partiu para cima do árbitro carioca Wagner Rosas e não economizou nos palavrões. Recebeu o cartão vermelho e foi embora para casa, aos 18 minutos. A expulsão do volante provocou uma série de problemas para o time. O lateral-esquerdo Lúcio foi obrigado a ficar preso na marcação, comprometendo a combinação no ataque com Pedrinho. Adãozinho, segundo volante, que deveria sair mais para o ataque, recebeu ordens para recuar e proteger os zagueiros. Pedrinho e Magrão tiveram de se desdobrar na armação das jogadas e na marcação, um desgaste desnecessário. A torcida percebeu que o time precisava ainda mais de incentivos. Com um jogador a menos, deveria correr no pulso da vibração que vinha das arquibancadas. E os palmeirenses, pouco mais de 20 mil pessoas na torcida, não decepcionaram. Rodando as camisas verdes e cantando sem parar os cânticos de louvor ao clube empurraram a equipe para o ataque. Sob o comando de Pedrinho e Magrão e também contando ainda com o talento de Vágner Love, o Palmeiras criou pelo menos três chances de gols. Mas Marcelo, goleiro revelado no Parque Antártica, salvou o Londrina. O time do Paraná, acuado, bateu forte. Não por acaso, acumulou cinco cartões amarelos em 45 minutos de jogo. ?Eu, Pedrinho e Vágner temos de fazer as jogadas individuais para sofrer falta e tirar pelo menos um jogador deles que está pendurado com cartão?, ensinava Magrão na saída do intervalo. O técnico Jair Picerni voltou para o segundo tempo sem alterações no time. A expectativa era pelos 15 minutos iniciais. O técnico queria ver como seria o comportamento do adversário. Sonhava com o Londrina mais corajoso, no campo do Palmeiras, para explorar os contra-ataques. O Londrina voltou como Picerni imaginou. Se lançou em busca do gol e permitiu o contra-ataque. No primeiro que o Palmeiras encaixou, Vágner arrancou e sofreu pênalti do goleiro Marcelo. Ele mesmo bateu e converteu: 1 a 0, aos oito minutos. Na comemoração, Vágner correu em direção aos torcedores. Vibrou como nunca. Era o seu 11º gol na Segundona. Com a vantagem, Picerni recuou ainda mais o seu time ? aposta total nos contra-ataques, aposta total também na pulsação da torcida, incansável nos cantos e na vibração, um show de amor ao clube. E, não custa, em São Marcos. O goleiro não decepcionou os fiéis. Aos 16, um chute errado de Magrão; aos 29, toque de Anderson Lobão. Marcos salvou o time. Os últimos dez minutos foram de muita agonia. O Londrina dentro da área do Palmeiras e a torcida com o coração na boca até o alívio do apito final. Segunda Divisão é assim.

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