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Palmeiras vence a Ponte Preta e entra no G-4 do Paulistão

Luxemburgo 'reconstrói' a equipe no primeiro tempo para garantir a primeira vitória no Palestra Itália

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Por Alan Rafael Villaverde
Atualização:

Mesmo sem contar com Valdívia e Diego Souza, o Palmeiras entrou no grupo dos clubes que, neste momento, estariam classificados às semifinais do Campeonato Paulista com uma vitória sobre a Ponte Preta por 2 a 1, de virada, na noite desta quarta-feira, no Palestra Itália, em partida válida pela 14.ª rodada. Veja também:  Ouça os gols da virada do Palmeiras  Luxemburgo fala sobre mudanças na equipe do Palmeiras  Kléber comemora gol e o acesso do Palmeiras ao G-4  Bate-pronto - Um 'bad boy' em busca da redenção  Classificação  Calendário / Resultados Agora com oito jogos sem saber o que é perder, o Palmeiras chegou aos 25 pontos, assumindo a quarta colocação da competição, atrás dos rivais São Paulo e Corinthians. O líder continua sendo o Guaratinguetá, com 27 pontos. Já a Ponte Preta sai do G-4 pela primeira vez em 14 jogos. O time de Campinas soma cinco jogos sem vitória e vê sua classificação à próxima fase em perigo. ESCALAÇÃO CONFUSA Sem Valdívia e Diego Souza? Sem problema para o técnico Vanderlei Luxemburgo, que resolveu escalar Denílson como titular da equipe pela primeira vez. A idéia, no entanto, não surtiu efeito. Mesmo procurando a bola, o jogador foi facilmente marcado pelo esquema da Ponte Preta que, pela primeira vez na competição, jogou com três zagueiros. Com Denílson na armação, Léo Lima não sabia se deveria atacar ou ajudar na defesa, e o resultado não poderia ter sido pior para o time alviverde. Com espaços, a Ponte Preta dominou e chegou ao seu gol aos 15 minutos. O atacante Luís Ricardo venceu Henrique na marcação e tocou para trás; sozinho, Elias tocou com classe para marcar seu terceiro gol pelo time campineiro. Vale destacar que o jogador começou sua carreira justamente no Palmeiras. "Eu comecei minha carreira no Palmeiras e tenho muito a agradecer. Eu não tive oportunidades aqui, e meu pensamento é apenas na Ponte, hoje", disse o jogador. REDENÇÃO DE LUXEMBURGO Ao ver o erro que cometera na escalação, Luxemburgo partiu para o tudo ou nada ao tirar Wendel para a entrada de Lenny, recolocando Léo Lima como um volante, enquanto Denílson ficava mais livre para jogar pela esquerda. A intenção era abrir a zaga da Ponte Preta, e foi justamente isto que aconteceu. Com mais espaços, o Palmeiras chegou ao gol do empate aos 33 minutos, quando Léo Lima deu um belo passe para Alex Mineiro que, sozinho, tocou na saída do goleiro Aranha. Tudo igual no Palestra e a confiança da equipe alviverde foi recuperada, juntamente com os cantos de apoio da torcida alviverde. Apesar de perceber que seu esquema com três zagueiros havia sido neutralizado, o técnico da Ponte, Sérgio Guedes, manteve sua posição, e o time pagou caro por isso, já que o Palmeiras dominou os últimos minutos da primeira etapa, mas sem chegar ao gol da virada. "A MÃO DE LUXEMBURGO" O ímpeto palmeirense foi sucumbido pela tenacidade do lado direito ponte-pretano, que chegou a criar três boas chances, mas sem objetividade. Ciente de que a marcação da equipe não funcionava mais, Luxemburgo tirou Denílson - figura ilustrativa no começo da segunda etapa - e colocou Martinez, deixando Léo Lima livre para ajudar na armação das jogadas. E, como acontecera no gol de empate, a "mão do treinador" surtiu efeito e Léo Lima começou a jogada do gol da virada, aos 20 minutos, mas os créditos vão para o atacante Kleber que, após receber o passe do volante, passou por dois marcadores adversários para chutar firme e marcar seu primeiro gol com a camisa alviverde. "Eu não sou um jogador para marcar gols, mas eu tive a oportunidade e marquei. O importante é a vitória do Palmeiras", afirmou.  Palmeiras 2 Diego Cavalieri; Élder Granja, Gustavo, Henrique e Leandro; Pierre    , Wendel (Lenny    ), Léo Lima     e Denilson (Martinez); Kléber     (Makelele) e Alex Mineiro Técnico: Vanderlei Luxemburgo  Ponte Preta 1 Aranha; João Paulo, César e Jean    ; Eduardo Arroz       (Raulen), Ricardo Conceição    , Bilica (Renan), Renato (Wanderley) e Vicente    ; Elias e Luis Ricardo Técnico: Sérgio Guedes Gols: Elias, aos 15; Alex Mineiro, aos 33 minutos do primeiro tempo; Kléber, aos 20 minutos do segundo tempo Árbitro: Luiz Flávio de Oliveira Renda: R$ 357.887,00 Público: 13.396 total Estádio: Palestra Itália, em São Paulo, SP A vitória, no entanto, não foi algo fácil de se conquistar. Sérgio Guedes finalmente deixou o pragmatismo de lado e colocou a Ponte no ataque. Recuado, o Palmeiras sofreu dois sustos, sendo o maior deles numa cobrança de falta do lateral Vicente, que acertou o travessão. Já nos acréscimos, o atacante Luís Ricardo ficou na cara do gol, mas chutou mal, para fora, deixando claro que a noite era palmeirense, apesar do gramado do Palestra Itália ter sido um fator negativo, já que o sistema de drenagem não funcionou, criando poças d'água que atrapalharam os jogadores. ÂNIMO EXTRA PARA O CLÁSSICO Além de vencer um rival direto na disputa de uma vaga às semifinais, o Palmeiras ganhou ânimo extra para enfrenta o rival São Paulo no próximo domingo, às 16 horas, em Ribeirão Preto. O jogo é mais um confronto direto. Já a Ponte Preta tenta a recuperação no Paulistão diante de seu maior rival, o Guarani, no mesmo dia, às 18h10, no Moisés Lucarelli.

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