Palmeiras vence na altitude e segue na Libertadores

Sem se intimidar com a altitude boliviana, o Palmeiras derrotou o Real Potosí por 2 a 0, sem dificuldade, nesta quarta-feira, na partida de volta e garantiu vaga na fase de grupos da Copa Libertadores. No primeiro jogo, o time brasileiro havia aplicado 5 a 1 no adversário, em São Paulo. Com a vantagem de poder perder por até 3 a 0 e preocupado com a falta de oxigênio na altitude de quase 4 mil metros, o Palmeiras começou o jogo de forma comedida. O time se manteve fechado na defesa, sem arriscar em disputas de bolas ou arrancadas em contra-ataque. O objetivo dos brasileiros no início do jogo era manter a bola longe do gol de Bruno, como ficou provado aos 9 minutos. Mesmo fora da grande área, Pierre isolou a bola para a lateral no menor sinal de perigo. O mesmo ímpeto não era mostrado no ataque. O Palmeiras chegava a ser displicente quando tocava a bola a partir do meio-de-campo. Nessas circunstâncias, não surpreendeu a lentidão do começo do jogo. A partida só ganhou em movimentação a partir da metade do tempo, quando o frágil Potosí tentou pressionar a equipe brasileira. Aos 23, os donos da casa levantaram a bola na área e Bruno, com um golpe de vista, quase foi surpreendido ao ver a bola acertar o travessão. Diante do perigo inesperado, o Palmeiras não perdeu tempo e respondeu de imediato. Willians avançou pela esquerda e também acertou o travessão depois de entrar na área sem dificuldade. A melhor chance do Potosí, no entanto, foi criada aos 28, em jogada pela linha de fundo. Em cruzamento da esquerda, a zaga desviou mal na pequena área, Bruno saiu vendido e Danilo salvou a bola na linha após cabeçada de Chiorazzo. E novamente, o Palmeiras reagiu na sequência. No contra-ataque, Keirrison, da entrada da área, apenas rolou a bola de lado para Cleiton Xavier surgir de trás e chutar forte, sem dar chances ao goleiro Mauro Machado: 1 a 0. O gol aumentou ainda mais a ampla vantagem do Palmeiras, que agora poderia perder por até 4 a 1 para seguir na Libertadores. O Palmeiras voltou do intervalo com a intenção de segurar ainda mais o resultado. Por isso, o técnico Vanderlei Luxemburgo trocou Willians por Jumar para reforçar a defesa. Assim como na primeira etapa, o início do segundo tempo foi lento, com o time paulista administrando o resultado e valorizando a posse de bola. O Potosí seguia com deficiência no ataque e não ameaçava o gol de Bruno. Em uma das poucas oportunidades na etapa, Hernandez fez boa jogada pela esquerda e cruzou para Garcia. A bola bateu na cabeça do meia, que estava de cabeça baixa, e seguiu para fora. As falhas do time boliviano também foram recorrentes na defesa. Em uma delas, a bola foi mal recuada e Keirrison, sem sinais de cansaço após uma boa arrancada, aproveitou a bobeada e interceptou a bola, que acabou no fundo das redes depois de um drible sobre o goleiro Machado, aos 29. O gol sacramentou a vitória do Palmeiras, que ainda teve chances de ampliar com Keirrison, Cleiton Xavier e Lenny, que entrara no lugar de Diego Souza. Garcia e Gatti tentaram descontar nos minutos finais, mas tiveram dificuldade nas finalizações. Com a classificação para a fase de grupos, o Palmeiras voltará a campo novamente no dia 17, contra a LDU, atual campeã da Libertadores, em Quito. Na sequência, o time paulista vai enfrentar o Colo Colo e o Sport Recife, campeão da Copa do Brasil de 2008. Ficha Técnica: Real Potosí 0 x 2 Palmeiras Real Potosí - Mauro Machado; Gatti Ribeiro, Edhemir Rodríguez, Eguino e Gonzalo Galindo; Ortiz (Paz Garcia), Suárez, Roberto Correa e Geraldo Yecerotte; Chiorazzo (Ruiz) e Horacio Fernández. Técnico: Vladimir Soria. Palmeiras - Bruno; Fabinho Capixaba, Danilo (Jéci), Edmilson, Maurício Ramos, Armero; Pierre, Cleiton Xavier, Diego Souza (Lenny); Willians (Jumar) e Keirrison. Técnico: Vanderlei Luxemburgo. Gols - Cleiton Xavier, aos 29 minutos do primeiro tempo. Keirrison, aos 29 minutos do segundo tempo. Cartões amarelos - Suárez, Yecerotte (Potosí). Árbitro - Carlos Galeano (PAR). Renda e público - Não disponíveis. Local - Estádio Víctor Agustín Ugarte, em Potosí (BOL).