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Palmeiras vira sobre o São Paulo e mantém vantagem na liderança

Zagueiros garantem vitória alviverde por 2 a 1 em clássico paulista

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Por Ciro Campos
Atualização:

O time dono do melhor ataque do Campeonato Brasileiro ironicamente chegou a mais uma vitória graças aos defensores. Os zagueiros Mina e Vitor Hugo garantiram a virada do Palmeiras sobre o São Paulo, nesta quarta-feira, por 2 a 1, no Allianz Parque, com dois gols de cabeça e fizeram a equipe a manter os três pontos de vantagem para o Flamengo na liderança. O time carioca bateu Ponte Preta por 2 a 1. 

Os dois grandalhões podem não ser os mais badalados pela torcida em uma possível fila de autógrafos, mas viraram um jogo que se encaminhava para ser dramático. Pouco foi necessário o habitual talento de Gabriel Jesus ou a velocidade de Dudu para resolver o equilibrado duelo. O Palmeiras mostrou a variedade de armas que tem para buscar o título.

Vitor Hugo e Mina comemoram gol da virada palmeirense sobre o São Paulo Foto: Daniel Teixeira/Estadão

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Antes do heroísmo dos zagueiros salvar o time, o São Paulo saiu na frente com Chávez, já no segundo tempo. O temor chegou a pairar no estádio por alguns breves minutos. Aí o Palmeiras achou o atalho aéreo. Uma cobrança de falta e gol do colombiano. Um escanteio e gol de Vitor Hugo.

O resultado valeu a consolidação de um lado e aumento do sufoco para o time derrotado. O São Paulo vê o risco de rebaixamento aumentar. Agora só são três pontos a mais do que o Vitória, que abre a zona de descenso.

O clássico valia tanto para os times que os técnicos arriscaram contar com jogadores que na noite anterior tinham participado da rodada das Eliminatórias como titulares. O chileno Mena teve de socorrer a lateral do São Paulo ainda no primeiro tempo com a lesão de Carlinhos. O Palmeiras acionou Gabriel Jesus só no segundo tempo, quando estava em desvantagem, até para fazer valer o esforço pessoal do presidente Paulo Nobre em trazer de jatinho o atacante de Manaus.

A presença deles em campo coincidiu com um segundo tempo eletrizante. Foi o suficiente para compensar a modorrenta etapa inicial. Os quase 40 mil presentes deixaram de ver um jogo apenas de vigor físico para acompanhar também um bom futebol.

O Palmeiras entrou na arena lotada no papel de amplo favorito, por fatores como o placar agregado de 7 a 0 nas duas vitórias sobre o rival no ano passado dentro de casa. A vantagem era ampliada pelos momentos opostos vividos na temporada, com um time em lua de mel com a torcida, líder do campeonato e há cinco rodadas sem perder contra o visitante em crise, em intenso litígio com a organizada após a invasão de um treino e agressão a alguns jogadores há dez dias.

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As situações distintas nortearam as posturas em campo. O Palmeiras manteve o estilo de pressionar o adversário na saída de bola nos primeiros minutos. Porém, enfrentou dificuldade com a retranca no 4-5-1 armada por Ricardo Gomes. A defesa são-paulina "enroscou" o jogo, seja na marcação, ou no esforço em ganhar tempo a cada interrupção. O prêmio foi conseguir pela primeira vez passar um tempo inteiro sem levar no estádio rival, apesar de sustos e boas defesas de Denis.

A etapa final manteve o roteiro de pressão palmeirense e resistência são-paulina. Kelvin e Chávez assustavam a defesa alviverde, porém o time da casa ganhou mais opções na etapa final com Gabriel Jesus em campo e a torcida em êxtase pela virada.

FICHA TÉCNICA

PALMEIRAS 2 X 1 SÃO PAULO

PALMEIRAS - Jailson; Jean, Mina, Vitor Hugo e Zé Roberto; Gabriel (Cleiton Xavier), Tchê Tchê e Moisés (Thiago Santos); Allione (Gabriel Jesus), Dudu e Rafael Marques. Técnico: Cuca

SÃO PAULO - Denis; Wesley, Maicon, Rodrigo Caio (Lyanco) e Carlinhos (Mena); Hudson, João Schmidt, Thiago Mendes, Kelvin e Luiz Araújo (Daniel); Chávez. Técnico: Ricardo Gomes.

ÁRBITRO - Sandro Meira Ricci.

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GOLS - Chávez, aos 3, Mina, aos 9, e Vitor Hugo, aos 25 minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS - Gabriel, Chávez, Mina, Mena, Jean e Lyanco.

RENDA - R$ 2.742.012,06.

PÚBLICO - 39.944 torcedores.

LOCAL - Allianz Parque, em São Paulo.

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