Palmeiras volta a falar em título

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Por Agencia Estado
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Bastou uma vitória suada contra o Juventude (fora de casa e após um primeiro tempo medíocre), para os jogadores do Palmeiras se empolgarem e voltarem a falar em título. Até a semana passada, a meta era apenas uma vaga na Libertadores de 2005. Agora, sonham ser campeões brasileiros. "Podemos e vamos brigar pelo título. Devemos sempre sonhar alto", disse o volante Magrão, um dos líderes do time. Sexto colocado com 59 pontos, o Palmeiras está a dez do líder Atlético-PR, com quem tem um confronto direto no sábado, no Palestra Itália. No dia seguinte, Santos e São Paulo, segundo e terceiro colocados, respectivamente, se enfrentam no Morumbi. "Esta é uma rodada crucial para as nossas pretensões no campeonato. Temos de vencer o Atlético-PR e torcer para o São Paulo ganhar ou empatar com o Santos. Assim, faltando nove jogos para o fim do campeonato, ficaríamos a sete pontos do líder e a chance de título voltaria a ser real", afirmou Magrão. Segundo os matemáticos Marcelo Arruda e Tristão Garcia, o Palmeiras dificilmente será campeão. De acordo com Marcelo Arruda, as chances de título são de 1,5%. E para Tristão Garcia, são ainda menores: 1%. Magrão admitiu que o Palmeiras poderia até estar numa posição melhor, "se não tivesse perdido tantos pontos bobos". Ele faz ainda outra ressalva: "Tem de ser levado em conta que estamos disputando nosso primeiro campeonato por pontos corridos, enquanto a maioria está no segundo". O volante se referiu ao fato de que o Palmeiras em 2003 estava na Série B, torneio disputado com quadrangulares finais. O técnico Estevam Soares tratou de conter a empolgação do elenco. Apesar de dizer que o time "não está morto", ele afirma que "a meta deve continuar sendo a classificação para a Libertadores". Para o técnico, antes disso, o time deve perder ainda o que ele chama de "trauma" de jogar no Palestra Itália. Os dois próximos jogos serão em casa: sábado, contra o Atlético-PR, e terça-feira, diante do Botafogo. "O Parque Antártica não pode ser nosso inimigo", avisou. Estevam reconheceu, inclusive, que não descarta nem a possibilidade de convidar um psicólogo para fazer uma terapia de grupo com os jogadores. "Ainda não pensei no que vou fazer. Mas sei que precisa ser algo diferente", avaliou o treinador. Ainda segundo Estevam, o jogo festivo que o Palmeiras fará quarta-feira no Palestra Itália, com várias "celebridades" e renda revertida a crianças carentes, ajudará o time a perder um pouco o medo de jogar em casa. "É bom voltarmos a ver felicidade no nosso próprio estádio", explicou.

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