Até então apagados na Copa, a seleção italiana e Paolo Rossi fizeram história em um dos jogos mais emblemáticos de todos os tempos do torneio. Diante do favoritismo brasileiro, que vinha embalado por quatro vitórias exibindo futebol vistoso e só precisava empatar para avançar às semifinais, a Itália fez a pressão mudar de lado ao abrir o placar logo aos quatro minutos, com um gol do atacante da Juventus, o seu primeiro no torneio na Espanha.
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O primeiro gol e os outros dois de Rossi, aos 25 minutos do primeiro tempo e aos 29 da etapa final, foram construídos pela eficiência italiana para aproveitar as falhas do sistema defensivo brasileiro, tanto que a equipe finalizou três vezes a menos do que a seleção de Telê Santana - 27 a 9.
O Brasil ainda teve dificuldades com a defesa italiana, com Zico sendo duramente marcado por Gentile. Ainda assim, a equipe conseguiu arrancar o empate duas vezes, com Sócrates, aos 12 minutos do primeiro tempo, concluindo linda jogada do craque do Flamengo, e Falcão, aos 27 da etapa final. Mas a terceira igualdade parou nas mãos de Zoff, que fez grande defesa após cabeceio de Oscar nos minutos finais do duelo.
A vitória italiana estava sacramentada e com o impulso para Rossi, que ficou livre de suspensão por envolvimento em um escândalo de manipulação de resultados faltando pouco tempo para a Copa, se tornar o herói improvável do terceiro título mundial da sua seleção, com mais dois gols marcados nas semifinais e outro na decisão.
A CAMPANHA DO TÍTULO
Primeira fase - Grupo A
14/06 - Itália 0 x 0 Polônia 18/06 - Itália 1 x 1 Peru 23/06 - Itália 1 x 1 Camarões
Quartas de final - Grupo 3
29/06 - Itália 2 x 1 Argentina 05/07 - Brasil 2 x 3 Itália
Semifinal
08/07 - Itália 2 x 0 Polônia
Final
11/07 - Itália 3 x 1 Alemanha Ocidental