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Para Autuori, hoje o ?couro come?

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Por Agencia Estado
Atualização:

Normalmente, quando Palmeiras e São Paulo se encontram, o jogo é marcado por tensão, motivada pela rivalidade tradicional entre as equipes. Esta noite, os times voltam a se enfrentar e o clima de hostilidade é ainda maior do que em ocasiões recentes. Por vários motivos: é partida de Libertadores, numa fase (oitavas-de-final) eliminatória; a diretoria palmeirense bateu o pé para jogar no Palestra Itália - a volta, na próxima quarta-feira, será no Morumbi - e destinou apenas 2 mil dos 20 mil ingressos aos são-paulinos; Grafite, para dizer que não faz a menor diferença jogar no estádio do rival, falou que vai fazer xixi de porta aberta, o que os palmeirenses tomaram por desrespeito... Além disso, o Palmeiras pode não ter o meia Marcinho hoje. Motivo: no ano passado, ainda pelo São Caetano, foi expulso em partida em que o time foi desclassificado pelo São Paulo pela Copa Sul-Americana e teria de cumprir suspensão em jogo de competição da Conmebol. Surpreendido em cima da hora, o Palmeiras corre para tentar escalar o jogador, que treinou entre os titulares ontem. Detalhe: o São Paulo já sabia do problema de Marcinho há algum tempo. Enfim, o clima está quente para a partida das 21h45 de hoje. Ontem, dia seguinte à declaração de Grafite, o técnico Paulo Autuori tentou baixar a temperatura. "Isso faz parte do folclore do futebol. Não ganha jogo. O que ganha é aplicação tática, determinação em campo.?? Não adiantou, o estrago já estava feito. "Quem tem boca fala o que quer. A gente fala depois do jogo??, rebateu o volante Marcinho. É o que pensam todos os palmeirenses, apesar das tentativas de esfriar a polêmica. O técnico Paulo Bonamigo, por exemplo, procurou ignorar o assunto. "Não vi, não li. Só estamos preocupados com o Palmeiras, o que falam não tem importância nenhuma.?? O fato, porém, é que os jogadores do Palmeiras querem mostrar a Grafite e ao São Paulo que o Palestra não é a "casa da sogra??. Mas também é fato que o São Paulo - que no passado já eliminou o Palmeiras duas vezes em Libertadores, em 1974 e 1994 - está confiante em mandar o rival de novo para casa, e pretende começar a tarefa vencendo esta noite. "O time está bem e, para triunfar,precisa ser equilibrado, usando disposição, agressividade e objetividade para chegar com a bola no ataque, como foi contra o Corinthians??, disse Autuori, lembrando a goleada por 5 a 1. O treinador são-paulino reconhece que a tarefa não é tão fácil quanto suas palavras sugerem. "Contra o Palmeiras, o couro come e o bicho pega. Quero que o meu time mostre condições reais de brigar.?? É a mesma coisa que quer Bonamigo. Para isso, retoma o esquema com três zagueiros - Glauber, Gabriel e Daniel. "Quando o time joga com dois zagueiros, fica inseguro??, justifica. Ele também trocou o lateral-direito André Cunha por Bruno. "Estou acostumado a entrar de supetão em jogos decisivos. Já entrei contra o Tacuary (na fase preliminar da Libertadores) e o São Paulo (no Paulista). Estou acostumado e espero ir bem para me firmar??, afirmou Bruno. Sua missão? "O Bonamigo me pediu para ir para cima do Júnior. Podemos ganhar o jogo por ali.?? Assim, o técnico pretende impedir os avanços do lateral são-paulino.

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