Joseph Blatter, presidente da Fifa, da nota 9,25 de um total de dez ao Brasil pela organização da Copa do Mundo e aponta que a qualidade do jogo em campo foi "excepcional". Na África do Sul em 2010, Blatter deu nota 9 para o evento. Agora, ele ironiza. "Passamos a noite debatendo a nota e chegamos à conclusão que o Brasil tirou nota 9,25", disse. "A perfeição não existe. Quem tira dez teve algum tipo de acordo com o professor", disse. "Mas o Brasil melhorou a Copa em relação ao que vimos na África do Sul", afirmou. "Mas essa Copa, no campo, foi excepcional. Acho que a próxima Copa terá um padrão alto a ser superado", indicou. "Foi minha décima Copa. O que a faz tão especial é o futebol e a qualidade do futebol. Foi uma copa especial. Começou o torneio com um futebol ofensivo. Antes, eles se observaram. Desta vez, vimos "boom, boom".
Blatter, porém, admitiu que, para 2018, vai debater com a Rússia para reduzir o número de sedes de 12 para 10. "Precisamos garantir que investimentos sejam feitos de forma que deixem um legado, e não uma dívida", alertou Blatter. "No Brasil, tínhamos 17 cidades oferecidas e convencemos de ir para doze cidades. Na Africa do Sul conseguimos com nove cidades e agora em 2018 estamos debatendo sobre o número ideal para que a organização possa ser racional e controlado e que não nos encontremos com estádios sem uso", explicou Blatter. "Teremos encontros em setembro para debater se 12 cidades na Rússia é certo ou se podem ser reduzido para dez", declarou o cartola. O governo brasileiro insiste que não existirão "elefantes brancos" no País em 2014. Mas inspeções inclusive do TCU indicaram para o risco de que isso possa ocorrer. Entre os membros do governo, a Copa foi comemorada pela imagem deixada sobre o Brasil. "O maior legado será se os estrangeiros voltarem", declarou Aldo Rebelo, ministro dos Esportes. O número de turistas no Brasil bate todas as expectativas na Copa do Mundo e, apenas no mês de junho, o País recebeu 700 mil estrangeiros. O volume foi 132% superior à média do mês de junho e ficou acima de tudo o que o governo esperava receber em toda a Copa do Mundo. "Só em junho superamos todo o volume que esperávamos para toda a Copa do Mundo", declarou Luis Fernandes, secretário-executivo do Ministério dos Esportes.A capacidade dos hotéis ficou em cerca de 80%, acima da expectativa de 74%.
Para o governo, o "êxito" da Copa ocorreu graças ao sucesso do setor de mobilidade. Por dia, os maiores aeroportos do País transportaram 485 mil pessoas, contra 365 mil no Carnaval e 404 mil no Natal de 2013.
Ainda assim, os atrasos ficaram em cerca de 7,4%, abaixo do padrão europeu de 7,6%."Parte do sucesso ocorreu por conta do transporte publico", declarou Fernandes.