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Para Lahm, base de clubes impulsionou futebol alemão

Para lateral, tetra é consequência de trabalho feito há 10 ou 15 anos

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Por Redação
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As análises feitas por especialistas de todo o mundo para explicar como a Alemanha chegou por quatro Copas do Mundo seguidas à semifinal nunca deixaram de citar o trabalho nas categorias de base dos clubes na última década. Agora é o capitão do tetracampeonato alemão, Philipp Lahm, quem exalta as mudanças passadas na raiz do futebol local. "(Os jogadores campeões) fomos muito beneficiados pelos investimentos nas categorias de base na Alemanha ao longo dos últimos 10 ou 15 anos. Cada clube da Bundesliga (Campeonato Alemão) tem o seu centro de formação de jogadores, os treinamentos se tornaram mais intensos e mais profissionais e os clubes contam com treinadores com qualificação comprovada", avaliou Lahm, em entrevista publicada no site oficial da Fifa nesta sexta-feira. Talvez o jogador mais importante taticamente dentro do time de Joachim Löw, Lahm lembra que a equipe campeã mundial teve uma formação diferente na comparação com seleções alemãs mais antigas. "Em todas as gerações havia bons jogadores na Alemanha, mas nos últimos anos demos um salto também taticamente. O sucesso na Copa do Mundo foi um triunfo das estruturas que a Federação Alemã de Futebol implantou juntamente com os clubes."

Lahm começou a atuar na seleção alemã na Eurocopa de 2004 Foto: Divulgação

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As mudanças no futebol da Alemanha, porém, claramente não são exclusivamente táticas ou técnicas. Afinal, os alemães, sempre conhecidos pela postura rígida, muitas vezes frias, saíram da Copa do Mundo como uma das equipes mais carismáticas, num sinal de uma nova Alemanha. "Não sei se foi o país que mudou o futebol ou na verdade o futebol que mudou o país. Acredito que ambas as coisas andam de mãos dadas'', comentou.

Na entrevista ao site da Fifa, Lahm mostrou uma serenidade ímpar. Capitão do time alemão, mostrou ser um jogador maduro, com profundo conhecimento de futebol e engajado em diversas causas. "Sou impulsionado por uma espécie de consciência do dever de fazer as coisas bem feitas. Não podemos deixar de nos posicionar, agir e tomar decisões. Toda pessoa que tem responsabilidade já viveu isso", comentou.

Pacificador, ergueu a taça da Copa do Mundo como um unânime capitão da Alemanha. "Tenho uma mentalidade de que é necessário evitar conflitos que não acrescentem nada a ninguém. Mas nunca tive dificuldades de formular o meu ponto de vista com clareza e nunca tive problema para aceitar compromissos. Porque acredito que não existe um caminho ideal, e sim que precisamos sempre nos comunicar uns com os outros", explicou.

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