Para presidente da Uefa, crise de corrupção no futebol foi superada

Aleksander Ceferin afirma que 'a página foi virada' após escândalos no esporte serem revelados

PUBLICIDADE

Por Jamil Chade e correspondente em Genebra
Atualização:

Aleksander Ceferin, presidente da Uefa, garante que a crise de corrupção nas instituições do futebol está encerrada. Ao promover nesta terça-feira em Genebra um jogo com a ONU para recolher fundos para projetos sociais, o dirigente insistiu que um dos capítulos mais negros da administração do esporte faz parte do passado.

+ Coreias fazem história no esporte durante os Jogos de Inverno

“Estou certo que a página foi virada”, disse Ceferin, ao responder ao Estado. “Tenho muitos contatos na Fifa e sei que a página está virada la também”, insistiu. 

Aleksander Ceferin, presidente da Uefa Foto: Pierre Albouy/Reuters

PUBLICIDADE

Em 2015, um total de 41 dirigentes e empresários esportivos foram indiciados nos Estados Unidos por corrupção. Nove deles foram presos em Zurique e, em abril de 2018, parte das sentenças serão conhecidas. José Maria Marin, ex-presidente da CBF, está detido em Nova Iorque. No Brasil, o presidente-afastado da CBF, Marco Polo Del Nero, aguarda uma decisão da Fifa para saber se será banido do esporte ou se poderá voltar a dirigir o futebol nacional. 

Na Uefa, porém, Ceferin quer dar um sinal claro de que rompeu com o passado. Segundo ele, a Uefa é “mais limpa que muitas entidades”.

Sua certeza sobre a limpeza no futebol se contrasta com as investigações nos EUA. O FBI já deixou claro que, apesar de condenar alguns dos cartolas da Fifa, ampliou seu inquérito e está examinando como torneios foram distribuídos entre diferentes países, inclusive a sede da Copa do Mundo. 

As declarações do presidente da Uefa foram feitas enquanto ele anunciava um jogo para arrecadar fundos, e que contará com Ronaldinho Gaúcho e Luis Figo como capitães dos times de estrelas. Um primeiro jogo será realizado no dia 21 de abril e ainda terá em campo, em Genebra, astros como Eric Abidal, Cafu, Robert Pires, Trezeguet e outros.

Publicidade

Durante o evento, Ceferin voltou a mostrar sua resistência à criação de um Mundial de Clubes, como quer a Fifa, com 24 times. “Não há qualquer certeza sobre isso”, garantiu. “Não se sabe qual formato terá, quando ocorrerá e nem se isso tudo ocorrerá”, afirmou.

A Fifa quer tomar uma decisão sobre a criação do novo torneio em meados de março, quando a entidade volta a se reunir com sua cúpula, em Bogotá.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.