Parreira afirma que seleção está na fase de polimento

Segundo o técnico, Brasil "já está pronto desde as Eliminatórias", e agora é preciso cuidar da cabeça dos jogadores.

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Por Agencia Estado
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O técnico Carlos Alberto Parreira afirmou nesta terça-feira que os últimos dias de treinos da seleção brasileira antes da Copa do Mundo serão apenas para dar "polimento" ao trabalho que vem sendo desenvolvido nos últimos anos, em especial no ano passado, a partir dos últimos jogos das Eliminatórias. "Esse time já está pronto, desde as Eliminatórias, e agora é a hora da verdade. É só relembrar tudo o que foi feito", disse o treinador, em entrevista coletiva concedida em Königstein, onde a seleção se concentra para a estréia no Mundial, dia 13, em Berlim, contra a Croácia. "Não haveria tempo de montar um time agora", explicou o técnico, em referência ao curto período para treinamentos - a seleção fez seu primeiro treino no dia 23, três semanas antes da estréia. Dentro de campo, Parreira tem priorizado as jogadas pelo alto como parte desse trabalho de polimento. Segundo ele, trata-se de uma jogada fundamental no futebol atual. "A bola parada pode decidir a Copa do Mundo. Você pode ganhar ou perder o jogo num lance desses, por isso temos de estar atentos para não tomar gols de bola parada e explorar os nossos bons cabeceadores, como o Juan e o Lúcio", disse. Segundo o técnico, a principal preocupação é com a cabeça dos atletas. "O trabalho é mais mental do que qualquer outra coisa", explicou Parreira, que assegurou não ter medo de que os jogadores percam a concentração diante de negociações sobre transferência - muitos deles ainda não sabem onde vão jogar depois da Copa. "São jogadores experientes, e não acredito que isso vá atrapalhar", disse. Segundo o técnico, a única coisa que a CBF pode fazer é proibir a entrada de empresários na concentração. "Eles têm suas horas vagas, não tem como a gente controlar com quem eles falam por telefone." Estréia é fundamental O técnico destacou ainda a importância de um bom resultado contra a Croácia - "Temos de ganhar do jeito que for, para aumentar a auto-estima e a confiança da equipe" - e desmentiu que a equipe possa jogar de "salto alto" por causa do destacado favoritismo. "Isso é coisa que vem de fora, nós nunca nos sentimos favoritos", assegurou. Em sua primeira entrevista desde a chegada à Alemanha, na noite de domingo, horas depois da goleada por 4 a 0 sobre a Nova Zelândia, o treinador foi só elogios às condições de treino e hospedagem na pequena Königstein. "O hotel é maravilhoso, o campo é muito bom, está tudo ótimo", disse o técnico, satisfeito também pela ausência de torcida na maioria dos treinos. "Vamos poder ficar mais focados no trabalho", disse. O único senão é o estado do campo de Offenbach, local do treino de quinta-feira, o único até a partida contra os croatas que será aberto ao público. O preparador Moraci Sant´Anna visitou o local na segunda-feira e não gostou do que viu. Uma decisão definitiva deve ser anunciada à tarde, antes do segundo treino do dia, na Zagallo Arena, nome do campo do SportPark, em Königstein.

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