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Parreira mantém discurso precavido: "A França te ilude"

Técnico da seleção brasileira quer evitar o clima de revanche e de "já ganhou" e por isso discursa em tom de cautela. Time, mais uma vez, é mantido em sigilo

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Por Agencia Estado
Atualização:

O técnico Carlos Alberto Parreira mandou um aviso aos torcedores e a quem acha que a seleção brasileira vai ganhar tranqüilamente da França neste sábado, pelas quartas-de-final da Copa do Mundo. Ele não gosta, inclusive, da idéia de que o adversário é mais fraco e que uma derrota seria uma tragédia. "A França te ilude, vem com cadência jogando sem pressa e de repente explode, com uma jogada de velocidade, e te surpreende. A França sabe fazer o gol na hora certa, sem pressa. Temos que dar tudo para vencer. Fizeram isso muito bem contra a Espanha e eliminaram eles. Se o time não der um salto de qualidade, voltamos mais cedo para casa. Não estamos enfrentando qualquer equipe", discursou o treinado do Brasil, na entrevista coletiva antes do treino de reconhecimento do gramado do AOL Arena. Seguindo essa linha de raciocínio, Parreira contou que não pretende determinar marcação individual sobre os jogadores franceses. Inclusive o meia Zidane. "Se nem o Maradona teve marcação individual, não vamos fazer sobre ele. Temos que ter marcação por zona, e ficar sempre atento, porque com espaço ele (Zidane) pode fazer a diferença no jogo". Sobre a possibilidade do jogo ser encarado como uma revanche pela disputa do título de 1998 (quando a França bateu o Brasil por 3 a 0 e ficou com o título), outra vez o técnico brasileiro fez questão de minimizar o fato. E garantiu que nem seus jogadores estão pensando nisso, principalmente o atacante Ronaldo. "Não tem trauma nenhum no Ronaldo. Vou falar para ele no bate-papo que não tem essa de revanche. Aliás, não ouvi ninguém no grupo falar nisso". Tudo normal com o Melhor do Mundo Parreira comentou mais uma vez que não está preocupado com o desempenho do meia-atacante Ronaldinho Gaúcho, que tem aparecido pouco nas partidas e ainda não fez gol na Copa. "Ele está dentro do previsto e pode evoluir como todo o time. Ele não é obrigado a preencher a expectativa, não tem que fazer malabarismo sempre. A pressão para ele ser o melhor da Copa é enorme, vejo que ele não se abateu com isso". Sobre a possibilidade de o árbitro ser europeu e a seleção coincidentemente estar enfrentando um time do Velho Continente, Parreira garantiu que só se preocupa com a partida. "Não estou preocupado com arbitragem", reforçou. E como já fez em jogos anteriores, o técnico brasileiro não quis antecipar a escalação, mantendo o mistério sobre quem começa o jogo. À princípio, o time só deve ter uma mudança: a entrada de Gilberto Silva no lugar de Emerson, no meio-campo. Kaká e o próprio Emerson realizam um teste neste treino para saber se terão condições de jogar.

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