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Parreira: quinta será o jogo do século

O técnico tem consciência da importância de uma vitória do Brasil sobre a França no amistoso. Mas não aceita que rotulem o encontro como o "jogo da vingança".

Por Agencia Estado
Atualização:

O técnico Carlos Alberto Parreira define a partida de quinta-feira entre Brasil e França como o "jogo do século? - século que, por sinal, está apenas começando. Tem consciência da importância de uma vitória. Mas não aceita que rotulem o encontro como o "jogo da vingança?. A referência à final da Copa do Mundo de 1998, quando os franceses levaram o título com a vitória de 3 a 0, não se aplica agora, entende o treinador. A explicação é simples: "Esse jogo não é de Copa do Mundo. Claro que é um jogo que dá prestígio, até porque vai ser transmitido para mais de cem países (mais de 130, segundo a Fifa). Mas é um amistoso, não tem nada de vingança?, disse Parreira hoje, após o primeiro treino da seleção no Stade de France, local da partida. Parreira não acha produtivo falar em vingança. Mesmo porque pretende aproveitar o amistoso como parte da preparação da equipe que enfrenta a Argentina no dia 2 de junho, pelas Eliminatórias. "Nós estamos transformando esse amistoso em parte da preparação, dentro daquele slogan que estou introduzindo: ?jogar para treinar?. O meia Kaká concorda com Parreira. Para ele, falar em revanche é totalmente despropositado. "Claro que colocam dessa forma, mas é um jogo amistoso. Aquela outra partida (a de 1998) era uma final de Copa. Uma situação completamente diferente. Brasil e França criaram uma rivalidade, mas a importância do jogo não se compara?, explica o jogador do Milan. Parreira e Kaká não estiveram na decisão de seis anos atrás no Stade de France. Quem esteve não esconde que vencer quinta terá um gostinho especial, ainda que as palavras "vingança? e "revanche? não sejam pronunciadas. É o caso do lateral-esquerdo Roberto Carlos, que ontem, perguntado sobre o fato de a partida ser amistosa, respondeu de maneira curta e grossa: "Amistoso nada?. Do lado da França também existe a tentativa de não relacionar o encontro de quinta com o de 1998. O temor é o de mexer com os brios dos brasileiros. A ponto de o técnico Jacques Santilli pedir aos torcedores que irão ao estádio para não exagerarem no grito de "un, deux, trois? (alusão aos 3 a 0 de seis anos atrás). "Temos de respeitar os jogadores que vestem a camisa amarela?, pediu recentemente. Aliás, o Brasil não vai atuar com camisas amarelas e sim com brancas, pois a Nike criou para esta partida um uniforme inspirado naquele que a seleção brasileira usou de 1914 a 1958. Slogan - Parreira está aproveitando todas as oportunidades para tentar melhorar o entrosamento do time. Até porque raramente o técnico conta com todos os jogadores. Hoje, por exemplo, no primeiro treino em território francês, ele só pôde contar com 14 dos jogadores convocados. Cafu, Adriano, Júnior e Dida só chegam manhã, pois hoje disputaram partida beneficente em pró da Fundação Cafu, na Itália. Roque Júnior também é esperado. Kleberson só chegaria a Paris à noite. E Zé Roberto e Juan, com dores musculares, fizeram apenas tratamento médico. O treinador define amanhã à tarde, em novo treino no Stade de France, a equipe. A intenção é utilizar o máximo de jogadores que atuaram nos 4 a 1 contra a Hungria. Mas a seleção tem problemas na zaga. Lúcio foi cortado, Juan sente dores musculares. Assim, Luisão ou Cris, com mais chances para o primeiro, deverá ser companheiro de Roque Júnior. Mui amigo - O atacante Ronaldo só se juntou hoje à seleção 15 minutos após o início do treino no Stade de France. Ele se atrasou por culpa dos funcionários da companhia áerea que o trouxe de Madri para Paris. Ronaldo estava esperando o vôo na sala VIP do aeroporto de Barajas, mas não foi avisado da partida. Acabou perdendo o avião e teve de esperar por um bom tempo para poder viajar.

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