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Parreira treina sul-africanos sem licença de trabalho

O Ministério do Interior confirmou que o brasileiro não tem a documentação, mas que autorizou o Ministério de Esportes a contratá-lo para a seleção local

Por Agencia Estado
Atualização:

O treinador da seleção sul-africana de futebol, Carlos Alberto Parreira, está trabalhando no país sem o visto necessário, segundo informa nesta sexta-feira um jornal local. A lei sul-africana determina que todo estrangeiro que queira exercer uma profissão no país precisa de uma licença de trabalho antes de obter o emprego. Parreira, de acordo com o diário The Sowetan, está na África do Sul com um visto temporário. Segundo o jornal, os assessores brasileiros de Parreira também estão trabalhando sem permissão. O porta-voz da associação sul-africana de futebol, Morio Sanyane, confirmou que Parreira não tem a licença de trabalho. mas afirmou que os papéis estão em tramitação e acrescentou que houve um atraso na solicitação. O Ministério do Interior confirmou que Parreira não tem a documentação necessária mas que autorizou o Ministério de Esportes a contratar o brasileiro com visto de visitante. Um porta-voz do Ministério do Interior, Mantshele Tau, explicou que "em circunstâncias normais, um estrangeiro que trabalhe sem permissão seria multado em 20 mil rands" (cerca de US$ 2.800). "As companhias que contratam estrangeiros sem licença também podem ser multadas", acrescentou. A licença de trabalho demora 30 dias para ser expedida. Carlos Alberto Parreira chegou no dia 26 de janeiro à África do Sul para ser o novo treinador da seleção de futebol. Seu salário mensal, de quase US$ 257 mil, gerou fortes críticas no país, porque é maior que os vencimentos anuais do presidente sul-africano, Thabo Mbeki.

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