PUBLICIDADE

Publicidade

Parreira vai divulgar o time que pega Gana no vestiário

Técnico da seleção brasileira diz que mistério é só para a imprensa, pois os jogadores ficarão sabendo quem joga antes de dormirem

Por Agencia Estado
Atualização:

Brasil para o jogo contra Gana, nesta terça-feira, só será divulgado no prazo máximo estabelecido pela Fifa - ou seja, uma hora antes da partida. Mas o mistério é só para a imprensa e para o adversário. Aparentemente, a única dúvida está entre Emerson ou Gilberto Silva na marcação no meio-campo. "O time saberá à noite após o vídeo sobre Gana que vamos exibir à noite. Não é mistério, é apenas um direito do treinador", disse o técnico, na entrevista coletiva. Pela forma como conduziu as respostas em torno desta dúvida, Parreira deu a entender que o time deve ser o mesmo dos dois primeiros jogos na Copa, reforçando o discurso de que tem que manter o esquema. "Na Copa do Mundo tem que ter uma base. Contra o Japão, mudaram os nomes mas não a estrutura". Seguindo esta linha de raciocínio, o técnico da seleção deve manter o esquema 4-4-2 com o "quadrado mágico" ofensivo - Kaká, Ronaldinho, Ronaldo e Adriano -, apesar dos constantes pedidos para a entrada do meia Juninho Pernambucano no time. Mas isso tem chances mínimas de acontecer, já que com sua presença o esquema teria que mudar, pois o jogador do Lyon tem um estilo mais ofensivo e, segundo o próprio técnico já disse, ele é reserva de Kaká. A única lamentação de Parreira foi a contusão do atacante Robinho (o que força a manutenção de Adriano no ataque). "Ele (Robinho) dá uma alternativa muito boa para o treinador e está em grande fase. Menos mal que estará à disposição à partir do próximo jogo." Muita calma nessa hora Quanto ao jogo contra Gana, nesta terça, o discurso do técnico brasileiro é no tom de calma. Devido à expectativa em cima de sua equipe (garantir uma vitória com um largo placar por ser um adversário teoricamente mais fraco) e em cima da violência do adversário (Gana é o time que mais fez faltas da Copa). "Jogar as oitavas-de-final tem sempre o fantasma da desclassificação, por isso tem que ter a cabeça no lugar. Vai ser um jogo perigoso, de risco." O temor do técnico se deve também ao estilo de jogo dos ganenses. "É um time com jogo de cintura, velocidade e agressividade, coisa que não enfrentamos até agora. Se não tivermos determinação e vontade, eles atropelam." Mau exemplo Parreira só criticou uma coisa até o momento: a violência do jogo Portugal 1 x 0 Holanda, no domingo - a partida teve quatro expulsos e 12 advertidos com cartões amarelos, além de muitas faltas. O tom da frase foi de recado até para o jogo desta terça. "Aquilo é para ser rechaçado, não teve futebol. Pode servir como exemplo para evitar a violência nos próximos jogos."

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.