Paul Pogba promete combater racismo pelo bem da próxima geração
'Meus ancestrais e meus pais sofreram para a minha geração ser livre hoje', escreveu o jogador um suas redes sociais
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Por Redação
Atualização:
Paul Pogba, meio-campista do Manchester United, disse que as ofensas raciais que sofreu só o fortalecerão, e prometeu enfrentar o problema pelo bem da próxima geração. O francês foi alvo de ofensas na internet depois que perdeu um pênalti no empate de 1 x 1 com o Wolverhampton Wanderers no Campeonato Inglês na semana passada, o que levou o Manchester a emitir um comunicado contundente repudiando as mensagens. O United e a entidade britânica antidiscriminação Kick It Out devem se encontrar com representantes do Twitter, e a mídia britânica disse que o time de Old Trafford também procurará o Facebook.
“Insultos racistas são ignorância, e só podem me deixar mais forte e me motivar a lutar pela próxima geração”, escreveu Pogba em um tuíte acompanhado por uma foto em que segura seu bebê ao lado de um retrato de Martin Luther King. “Meus ancestrais e meus pais sofreram para a minha geração ser livre hoje, trabalhar, pegar o ônibus, jogar futebol.”
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Segundo a mídia britânica, Marcus Rashford, colega de equipe de Pogba, também foi alvo de ofensas por perder um pênalti na derrota de 2 x 1 para o Crystal Palace na liga inglesa no sábado.
O técnico do United, Ole Gunnar Solskjaer, que antes da partida disse que os jogadores precisam de mais proteção das empresas de redes sociais, “não tinha palavras” após o incidente mais recente.
O fantasma do racismo no futebol
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No começo do ano, o volante Arouca foi ofendido por um grupo de torcedores do Mogi Mirim no Campeonato Paulista Foto: Divulgação/Santos
Balotelli
Irritado com ofensas racista durante jogo contra o Hellas Verona pelo campeonato italiano, Mario Balotelli chegou a chutar a bola em direção aos torce... Foto: Marco Bertorello/AFPMais
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Lamentável: em dérbi contra o Atlético, Marcelo foi vítima. Torcedores rivais entoaram cânticos racistas contra ele e seu filho Foto: AFP
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Paulão, zagueiro brasileiro do Bétis, foi vítima da própria torcida ao ser expulso no 1º tempo em partida contra o Sevilla Foto: EFE
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O Milan deu ótimo exemplo em 2013. Em amistoso na Itália, Boateng foi vítima de racismo e o time inteiro decidiu abandonar o jogo Foto: EFE
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Drogba sofreu com o racismo enquanto atuou pelo Galatasaray. Em dérbi contra o Fenerbahçe, a torcida imitou sons de macaco Foto: EPA
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Em jogo entre Anzhi e Zenit, um torcedor ofereceu uma banana a Roberto Carlos, que foi consolado pelos companheiros Foto: AP
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Em 2005, Grafite foi ofendido por Desábato, do Quilmes, que recebeu voz de prisão ainda no gramado, mas pagou fiança Foto: AP
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Marc Zoro precisou ser convencido por Adriano a não deixar a partida após sofrer racismo da torcida da Inter em 2005 Foto: AFP
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Antônio Carlos Zago já foi chamado de "macaco" quando jogou pela Roma, mas também foi acusado em 2006 por gestos racistas Foto: Xsport
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Atuando pelo Barça, Eto"o chegou perto de abandonar uma partida após ser vítima de racismo, mas foi contido pelos companheiros Foto: REUTERS
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Em jogo contra o CSKA em que Yaya Touré sofreu racismo, o clube russo foi punido e fechou seus portões até o final da Liga Foto: Action Image
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A presidente Dilma recebeu o jogador Tinga e o árbitro Márcio Chagas, que foram vítimas em 2014, no Palácio do Planalto Foto: AFP
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Nesta quinta, a vítima do fantasma do racismo foi o goleiro Aranha, ofendido por uma infeliz parte torcida do Grêmio Foto: Diego Guichard
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Balotelli até chorou no banco de reservas durante jogo contra o Napoli devido às ofensas. Ele já foi vítima incontáveis vezes Foto: AFP
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Neste ano, Dani Alves comeu a banana que foi atirada por torcedores do Villarreal e deu uma lição de superioridade Foto: Reprodução
“Nunca se viu isso, e precisamos que pare”, disse Solskjaer. “Continuamos fazendo todas essas campanhas ‘Não ao Racismo’ e ele continua se escondendo por trás de identidades falsas. É uma loucura estarmos falando disso em 2019.”/Com informações de Reuters