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Paulista declara guerra a empresário

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Por Agencia Estado
Atualização:

O Paulista declarou guerra ao empresário Ivan Rocha, ex-jogador do São Paulo e de alguns clube da Espanha, como Atlético de Madrid e Mallorca. O clube acusa o ex-atleta de ter feito a cabeça de dois dos principais jogadores do time, o atacante Davi e o meia Thiago, ambos de 20 anos, a não renovarem seus contratos, encerrados no dia 28. Dessa forma, os jogadores, de acordo com a Lei Pelé, ganharam liberdade para negociar com qualquer outra agremiação. O Paulista reclama a perda, após sete anos de investimentos. "Eles chegaram aqui com 13 anos. E passaram por todas as categorias do clube. Foram sete anos de investimentos nesses meninos, inclusive ajudando a mãe de um deles. E agora, influenciados pelo empresário Ivan Rocha, eles foram embora sem que o Paulista ganhasse um único centavo como formador", esperneia o vice-presidente do Paulista, Luís Roberto Raymundo. Desde segunda-feira, os jogadores não aparecem no clube para trabalhar. Ivan Rocha se defende. O procurador diz que o caso está nas mãos da advogada Fernanda Silva e que ele é apenas um amigo dos atletas. Prefere, no entanto, abafar os conflitos com o Paulista, apesar de dar a entender que os dirigentes do clube poderiam ter sido mais educados com ele no trato do assunto. "Eu sei que o pessoal do Paulista está nervoso comigo, mas o assunto é fácil de ser entendido. Os atletas receberam uma proposta de renovação de contrato e não aceitaram. Pela Lei Pelé, eles podem procurar outra equipe." Sobre o investimento de sete anos na formação dos garotos, Ivan rebateu dizendo que o atacante e o meia deram muitas alegrias ao clube de Jundiaí e trabalharam todos os dias em que tiveram contrato. Davi e Thiago estão no mercado. O procurador não soube informar sobre possíveis ofertas de trabalho. A Lei Pelé permite que os jogadores tomem esse tipo de atitude. E o imbróglio estaria encerrado se o Paulista não estivesse a fim de correr atrás do que julga ter direito: a opção da primeira renovação de contrato de atletas da sua base. O clube fará barulho. Seus dirigentes soltaram quatro notas. Uma delas, na qual explica a situação, chega a informar que o Paulista ofereceu a Davi aumento salarial de R$ 1.500 para R$ 8.000, além de um Golf zero quilômetro, um apartamento no valor de R$ 80 mil e mais R$ 30 mil de luvas por um contrato de apenas dois anos. Na carta, acusam Ivan Rocha de agir de má-fé e impedir a renovação. Nas outras notas, o clube faz um alerta sobre "a falta de profissionalismo e comportamento oportunista" do empresário e informa que pretende ir adiante em sua tentativa de receber de possíveis contratantes dos atletas. Os documentos foram endereçados aos clubes da Primeira Divisão, à CBF e à Federação Paulista de Futebol.

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