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Paulista ?lava as mãos? sobre segurança

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Por Agencia Estado
Atualização:

Desilusão. Esse é o sentimento do presidente do Paulista, Eduardo dos Santos Palhares, na semana em que o clube foi punido pelo Tribunal de Justiça Desportiva (TJD) com a perda de mando de três jogos e multa de R$ 100 mil. O dirigente lamenta que dois auditores tenham votado a favor da punição sem sequer terem lido o argumento de defesa. Demonstrando sua insatisfação com a decisão do TJD, ele "lava as mãos" sobre a questão de segurança para o jogo de domingo entre Paulista e Palmeiras, em Araras. Até desistiu de visitar o estádio Hermínio Ometto, antes do jogo. Sobre a operação que está sendo montada pela Polícia Militar para o jogo em Araras, Eduardo Palhares prefere não se intrometer. "O problema é da Polícia Militar. Não falo, não comento sobre a responsabilidade da PM, que aliás, é paga por nós - de acordo com a Lei Estadual 9904, de 30 de dezembro de 1997, os clubes devem recolher a taxa de 1 Ufesp (Unidade Fiscal do Estado de São Paulo), que equivale nesta quinta-feira a R$ 12,49 por cada soldado enviado para o policiamento no dia de jogo. No Estádio Jaime Cintra fizemos muito, conversamos demais e deu no que deu", lamentou. A punição foi conseqüência de atos violentos envolvendo torcedores do Paulista e da Ponte Preta, no Estádio Jaime Cintra, em Jundiaí, em 20 de março, ainda pelas quartas-de-final do Campeonato Paulista. Segundo Palhares, todas as providências previstas pela legislação foram tomadas, mas algo além das possibilidades aconteceu e o clube não poderia ser responsabilizado. LAMENTAÇÕES - Mesmo decepcionado, Palhares disse acreditar que o TJD fez de tudo para ser justo. "E não é ironia, não. Se eu acreditar que um tribunal decida questões polêmicas utilizando de má fé, acho que eu deveria deixar o futebol". O presidente entende que alguma coisa deve ser feita para que as decisões do TJD não sejam somente benéficas aos grandes times. O caso da absolvição de Luís Fabiano, do São Paulo, que fez um gesto mostrando uma "banana" para a torcida do São Caetano, seg undo o dirigente, traz à tona a indignação de todos os clubes do interior e da imprensa contra o TJD. "Recebi inúmeros telefonemas de presidentes de clubes do interior que não viam outra possibilidade, senão a nossa absolvição. Todos viram que o Paulista não teve culpa no que aconteceu. No caso do jogador do São Paulo, as imagens foram mostradas em todas as redes de tevê. Cada um tire sua conclusão", desabafa. Há seis anos administrando o clube de Jundiaí, ele entende que uma decisão como essa prejudica um time que tem trabalhado de forma séria. "Investimos em todos os departamentos, estivemos sendo gerenciados por uma empresa (Parmalat) que nos deu a base par a crescer e quando estamos colhendo frutos de tanto trabalho vem uma decisão dessa que nos tira o direito de comemorar em casa o sucesso de jogadores, funcionários, comissão técnica e dirigentes".

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