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Paulista não tem medo do futuro

Por Agencia Estado
Atualização:

O título da Copa do Brasil vai mudar muita coisa na vida do Paulista de Jundiaí. Se no início da competição, a meta era não fazer feio e não ser eliminado logo nas primeira ou segunda fases, a partir de agora, tudo mudou. O clube, que havia pouco tempo se concentrava apenas na Série A - 2 do Campeonato Paulista, estará na Copa Libertadores da América em 2006. "Eu sempre disse que precisávamos comer um bife de cada vez. Agora, estamos na Libertadores, um bife muito maior, e que precisa ser bem temperado. Afinal, estaremos representando o País, uma nação, e espero que mostremos competência para isso", diz o presidente do Paulista, Eduardo Palhares. Antes de ter de representar o País na Libertadores, o time já vai sentir o peso da responsabilidade na Série B do Campeonato Brasileiro. O jogo de domingo, contra o Sport, no Estádio Jayme Cintra, tem tudo para servir de festa, mas o que o time precisa mesmo é de uma boa vitória, já que ocupa apenas o 14º lugar na classificação, com 11 pontos. Isso, porém, é apenas para os jogadores. Depois da histórica conquista, a cabeça da diretoria já está em 2006. "Temos de replanejar o ano inteiro, já que os objetivos no ano que vem serão bem diferentes do que estamos acostumados. Vai ser uma mudança e tanto no cotidiano do clube, com a responsabilidade de participar do maior torneio sul-americano", diz o dirigente. A prioridade será reforçar o caixa. Por essa razão, o assédio ao meia Márcio Mossoró não poderia ter vindo em melhor hora. Mesmo não tendo o poder total sobre os direitos federativos do jogador - 75% pertencem ao Paulista e 25% ao empresário Fernando César -, o dinheiro que entrar já será muito bom. Principalmente, porque, se quiser mandar os jogos da Libertadores no Jayme Cintra, o estádio, que hoje comporta 15.155 pessoas, terá de ser ampliado. Palhares lembra que "já temos um pré - projeto desde a época da nossa parceria com a Parmalat. Espaço não falta para o Jayme Cintra crescer. Agora, deveremos retomar esse plano de ampliação, que pode elevar a capacidade para 31 mil pessoas - o suficiente exigido pela Conmebol." A ameaça de desmanche, porém, já começa a preocupar. Apesar da supervalorização de Mossoró, o meia não é o único que está sofrendo com as especulações. O volante Cristhian, o goleiro Rafael, o atacante Léo... Nenhum desses deverá durar muito tempo em Jundiaí. "O trabalho que fizemos acabou valorizando o grupo todo. Agora, vai ser inevitável perder alguns jogadores. É claro que nós vamos fazer de tudo para manter, mas sei que não vai ser possível com todo mundo", avisa o presidente. Certeza mesmo é a permanência de Vagner Mancini. A tática que deu certo com Zetti, o ano passado, que deixou as categorias de base do São Paulo e levou o Paulista à decisão do Campeonato Paulista, é repetida com o ex-volante, que tem a primeira experiência como treinador. "Eu só aposto em homens que têm um perfil de liderança e prestígio com a torcida. Isso aconteceu com o Zetti e agora com o Mancini. E assim vamos seguindo sempre na mesma toada", diz Palhares, sem esconder nem um pouquinho do entusiasmo.

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