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Paulistão não engrena Corinthians

Por Agencia Estado
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Talvez o sonho de todo torcedor corintiano para 2002 seja ver um time parecido com o das temporadas de 1998 e 1999. A fase não só representou a conquista do bicampeonato Brasileiro, como foi coroada com o título do Primeiro Mundial de Clubes da Fifa, já em janeiro de 2000. O time começou mal o Paulista e a ameaça de rebaixamento rondou o Parque. A equipe reagiu e ganhou o Paulista 2001 na decisão contra o Botafogo, mas depois, com a derrota para o Grêmio na final da Copa do Brasil, mergulhou em uma grande crise. No entanto, tudo indica que, mais uma vez, o sentimento que deve prevalecer entre os alvinegros é a paciência. Nem mesmo a contratação do técnico campeão da Copa do Mundo de 1994 ajudou a animar o clima no Parque São Jorge. Carlos Alberto Parreira, apresentado na véspera de Natal, chegou sem muito alarde. Diante da política de contenção de gastos a da falta de perspectivas de investimento da parceira Hicks Muse Tate & Furst (HMTF), o novo treinador deve trabalhar mesmo com o limitado grupo deixado por seu antecessor Vanderlei Luxemburgo. O mau momento do clube minimizou até o valor das conquistas. O título do Campeonato Paulista se perdeu nas crises que assolaram o clube na temporada. Depois de um 2000 difícil, quando o time atingiu a histórica marca de dez derrotas seguidas, começou este ano de técnico novo: Dario Pereyra. Com ele vieram Gléguer, Otacílio, Assis e Paulo Nunes. Dario não durou mais do que dois meses. Foi demitido no início do Paulista. A diretoria surpreendeu ao contratar Luxemburgo, que havia perdido o cargo de técnico da seleção após uma série de escândalos, entre os quais a denúncia de sonegação de Imposto de Renda e falsidade ideológica. A diretoria fez outras trapalhadas. Por indicação do treinador contratou Müller, que não pode ser inscrito na competição regional. Alguns jogadores teriam participado de uma "farra" com mulheres na concentração, em São Paulo, na véspera da decisão contra o Grêmio pela Copa do Brasil. O time disputou a Copa dos Campeões com o elenco rachado e saiu logo da competição. Luxemburgo fez uma reformulação no elenco, dispensando nove jogadores. No Brasileiro, a crise atingiu o auge com a briga entre Marcelinho e Ricardinho. Marcelinho foi afastado, obteve na Justiça a rescisão do contrato com o clube e se transferiu para o Santos. Sem o meia, o elenco não conseguiu a classificação no Brasileiro e foi eliminado nas semifinais da Mercosul. A crise se agravou com a demissão de Luxemburgo e seus auxiliares.

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