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Paulistinha muda rotina do interior

O Campeonato Paulista da Série A-2, o Paulistinha, chama a atenção pelas trajetórias de seus técnicos e por histórias curiosas envolvendo seus 16 clubes participantes.

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Por Agencia Estado
Atualização:

Conhecido por ser um dos campeonatos mais difíceis do Brasil, o Campeonato Paulista da Série A-2, o Paulistinha, chama a atenção pelas trajetórias de seus técnicos e por histórias curiosas envolvendo seus 16 clubes participantes. Dentro da dança do técnico, um deles resolveu inovar. É Paulo Egídio que já entregou o cargo três vezes na Francana, um dos sérios candidatos ao rebaixamento e sem uma estrutura compatível com a categoria. Baixinho e forte, o ex-ponta-esquerda do Botafogo e Corinthians na década de 80, acha que sua atitude não atrapalha o time. "Nós temos um time jovem e no clube todos sabem que não sou a Francana, muito menos sou eterno". O técnico continua prestigiado no cargo, apesar da troca de presidente: saiu Dalton Amorim e entrou Gilson de Souza, ex-jogador de basquete. Sorte mesmo tem o técnico Giba, do líder Etti Jundiaí, invicto há sete jogos desde que assumiu o cargo. O time também tem muita sorte nos pênaltis, já tendo levado o ponto extra quatro vezes. Azar do Sãocarlense que mesmo invicto há sete jogos, perdeu as últimas três disputas por pênaltis. "Reforçarmos os treinos específicos. Agora fica por conta da calma dos jogadores", justifica o técnico Walter Gama, responsável pela ascensão do time. Mas quem lamenta mesmo da falta de sorte é o técnico Sérgio Ramirez, há 11 jogos sem vencer. Três deles no comando do América de São José do Rio Preto e oito jogos pela Internacional da Limeira, que disputa a Série A-1. Feliz da vida está Hélio Correia, o ex-dirigente que virou técnico e está se saindo bem no Araçatuba. "O time não está decepcionando", garante Correia, ex-vereador da cidade e diretor por muitos anos no AEA, clube famoso por não pagar em dia seus jogadores. O clube, agora, ganhou novo presidente, Sidnei Giron, indicado pelo prefeito Maluly Neto. A boa fase parece ter voltado ao Olímpia, que não vencia há três jogos até enfrentar o Comercial e aplicar uma histórica goleada, por 7 a 1. O time voltou à briga pelo acesso e tem o melhor ataque da competição, com 27 gols. É bem verdade que neste jogo, o Olímpia contou com a mãozinha dos jogadores adversários que exageraram num show de pagode na véspera do jogo. A crise só não foi maior no estádio Palmas Travassos porque o clube não pode dispensar ninguém, uma vez que corre o risco de ser rebaixado. No Bragantino, campeão paulista de 1990, o novato técnico Nei Pandolfo sofre com a inexperiência de seus jogadores. "Eles alternam boas e más apresentações", comenta. Mais confiante está o experimentado Vágner Benazzi, do Santo André, conhecido como "campeão dos acessos". Seu time é vice-líder e mantém o planejamento inicial de garantir o acesso. A experiência também conta para João Francisco, que se mostra um pé quente no Ituano, que em três jogos somou oito pontos e também está na vice-liderança. O mais difícil é para Edson Mariano contornar os problemas no São José. Na segunda-feira os jogadores fizeram greve por falta de pagamento. O protesto durou apenas 24 horas, mas sem nenhuma solução concreta. Ameaçado pelo rebaixamento, o clube ainda sofre com problemas políticos. O estádio Martins Pereira, da prefeitura , acaba de ir à leilão.

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