
07 de outubro de 2020 | 13h04
Atualizado 07 de outubro de 2020 | 13h27
Com 26 votos, o atual presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Paulo Wanderley Teixeira, foi reeleito para o próximo quadriênio à frente da entidade. Ele venceu em primeiro turno com apenas um voto além do necessário. Rafael Westrupp recebeu 20 votos e ficou em segundo. Hélio Meirelles, com dois votos, terminou a disputa em terceiro lugar.
Foi a primeira vez em quatro décadas que a eleição para presidência do comitê contou com mais de dois candidatos - a última foi em 1979. Paulo Wanderley Teixeira, que assumiu após a renúncia e prisão de Carlos Arthur Nuzman, em 2017, buscava a reeleição. Ele teve a concorrência de Rafael Westrupp, presidente da Confederação Brasileira de Tênis (CBT), e Hélio Meirelles, que dirige a Confederação Brasileira de Pentatlo Moderno desde 2002.
'Fizemos uma gestão de excelência no COB, mas mostramos pouco esse trabalho', diz Paulo Wanderley
Tentando se aproximar dos atletas, as chapas encabeçadas por Westrupp e Meirelles contavam com ex-esportistas como candidatos a vice. O primeiro tinha Emanuel Rego, ex-jogador do vôlei de praia, como vice. Meirelles, por sua vez, concorria com Robson Caetano, dono de duas medalhas olímpicas.
A chapa de Wanderley sempre fora apontada como favorita, mas nos últimos dias Westrupp vinha aumentando seu apoio entre diversas confederações. Ele já tinha apoio de entidades de peso, como a CBF, a CBV e a confederação de basquete. Nesta quarta, acabou recebendo votos de entidades que estavam formalmente alinhadas com Hélio Meirelles.
O dirigente do Pentatlo recebeu apenas dois votos, mas alegava ter o apoio oficial de cinco confederações (levantamento de peso, remo, tiro esportivo, tênis de mesa e, claro, pentatlo moderno).
Tinham direito a voto nesta quarta os 35 representantes de confederações olímpicas, os 12 integrantes da Comissão de Atletas do COB e os dois membros brasileiros do Comitê Olímpico Internacional (COI): Andrew Parsons, atual presidente do Comitê Paralímpico Internacional, e Bernard Razman, ex-jogador da seleção de vôlei. Houve apenas uma ausência entre os votantes. Em crise interna, a Confederação Brasileira de Handebol não enviou representante para a eleição dsta quarta.
Paulo Wanderley somou 26 votos na primeira rodada - um a mais do que os 25 exigidos - e foi reconduzido ao cargo logo no primeiro turno da votação. Ele terá Marco Antonio La Porta novamente como vice.
Aos 70 anos, o ex-presidente da Confederação Brasileira de Judô estará à frente do COB nas duas próximas edições da Olimpíada de verão - em Tóquio, no próximo ano, e em Paris-2024 -, com um orçamento previsto de R$ 1,2 bilhão para o novo ciclo olímpico, somente contando com recursos das loterias federais.
Em sua nova gestão, Paulo Wanderley terá entre seus desafios buscar um patrocinador master para o COB, dar maior voz aos atletas, ampliar a transparência da entidade e reduzir a dependências das demais confederações, principalmente quanto à questão financeira.
(entre parênteses está o nome da confederação que presidem)
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