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PC Gusmão deixa o Botafogo

Por Agencia Estado
Atualização:

Paulo César Gusmão não é mais técnico do Botafogo. Ele pediu demissão na noite desta segunda-feira, depois de alguns dias de desgaste com a diretoria do clube. Ele sai do Botafogo no momento em que a equipe ocupa a terceira colocação do Campeonato Brasileiro. As desavenças entre Gusmão e o presidente alvinegro Bebeto de Freitas ficaram claras por causa dos seguidos atrasos no pagamento dos salários dos jogadores e demais funcionários do clube. O clima nesta segunda-feira no Botafogo foi de tensão o dia todo. Inconformado com as queixas feitas na semana passada por Gusmão, sobre os atrasos nos salários e a ausência de um dirigente acompanhando o time, o presidente alvinegro convocou uma coletiva e em um discurso áspero não poupou críticas ao treinador. "O que me deixou realmente chateado foi o fato de ter falado com ele (Gusmão), por telefone, na quarta-feira e ele ter me garantido que não havia nenhum problema", disse o presidente do Botafogo, que voltou ao clube nesta segunda após licença médica de duas semanas para se recuperar de uma dengue. "E fui surpreendido com todas essas reclamações a partir de quinta-feira, que ele estaria isolado, salários atrasados." E, para rebater as reclamações de Gusmão, o presidente do Botafogo frisou que não está devendo dois meses de salários ao técnico. Ainda revelou que, para atender aos desejos do treinador, retirou a multa rescisória de seu compromisso contratual com o Alvinegro. "A discussão que aconteceu foi em cima do salário dele (Gusmão), a reclamação era do salário dele e unicamente dele. Ele reclamava de dois meses de salários atrasados, mas disse comigo que não tinha nada disso", disse o presidente alvinegro. "Por causa do bom trabalho realizado em tão pouco tempo, disse a ele que tudo o que pedisse seria feito. O único pedido foi a retirada da multa rescisória de seu contrato e o atendi na hora." E para mostrar que a relação com Gusmão ficou estremecida, Freitas ainda culpou o treinador pela derrota para o Figueirense, no domingo, pela nona rodada do Campeonato Brasileiro, por causa do clima de instabilidade criado na semana passada. Gusmão deu sinais no final da tarde de que seu trabalho à frente do grupo estava no fim. Mais tarde, confirmou sua saída. "Não havia mais clima", disse. Ele contestou a afirmação de Bebeto, de que estaria empenhado apenas em reivindicar o pagamento dos próprios salários. "Eu estava vendo a situação de todos, os jogadores sabem disso", rebateu Gusmão. Bebeto de Freitas não informou quem poderia ser o substituto de Gusmão.

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