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Pedrinho: um ano para não sair da memória

Por Agencia Estado
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O ano de 2003 não sairá jamais da memória de Pedrinho. O gol que fez contra o Botafogo na goleada palmeirense de 4 a 1, sábado, representou o coroamento de sua luta pessoal para provar que, depois de cinco contusões graves, ainda tem muito o que fazer no futebol. Ontem, o meia falou Agência Estado sobre os seus sonhos e revelou que o maior deles é defender a Seleção Brasileira nas Eliminatórias. AE - Qual o significado de seu gol contra o Botafogo? Pedrinho - Enorme, já que traduziu minha luta para retornar aos gramados. O mais engraçado é que meus próprios companheiros disseram que eu faria o gol do título. Claro que aquele não foi o gol que decidiu a Série B, mas pela emoção que causou em todos que estavam no estádio, teve um gosto especial. AE - Por que, mesmo tendo jogando pouco, você é tratado como ídolo pelos demais jogadores? Eles buscam em mim a experiência que ainda não têm. Outro dia, o Vágner Love me contou que, quando criança, ia ao Maracanã apenas para me ver jogar pelo Vasco. AE - Depois de superar pelo menos cinco contusões graves e a desconfiança de muitos em relação ao seu futuro, o que passa por sua cabeça? No momento, quero mais é curtir. Viajei ao Rio de Janeiro para abraçar meus pais e ficar com minha esposa. Só quero deixar claro que não preciso provar nada a ninguém. A contusão no joelho direito que me afastou dos campos em 2002 já faz parte do passado. Este ano, enfrentei apenas problemas musculares. Um sonho para 2004: ser convocado para a Seleção AE - Depois de três títulos brasileiros, um da Copa Mercosul e um da Libertadores, ainda tem algum sonho para realizar? Acredito que ano que vem terei condições de lutar por uma vaga na Seleção Brasileira. Pelo que vejo, o grupo está praticamente fechado, mas sempre existe a esperança. Uma convocação depende basicamente da seqüência de jogos. Por isso, peço a Deus que me dê a chance de jogar para que possa mostrar meu valor. AE - Existe alguém em especial que te ajudou a não desistir de lutar? O carinho de algumas pessoas foi essencial, como o Xande (amigo de infância, que hoje é seu assessor de imprensa), minha esposa e meus pais. Não posso esquecer da ajuda de Deus. Sempre rezo e agradeço por tudo. Até agora, não consigo entender como um jogador que não atuava havia dois meses, e entra em campo faltando menos de 20 minutos para o final do jogo, faz um gol como o que eu fiz contra o Botafogo. Parece até enredo de novela, que termina com final feliz. AE - Por que você é adorado pela torcida? Porque ela não esquece das minhas atuações em 2001, apesar de o Palmeiras ter fracassado no Brasileiro. Muitos torcedores se apegaram a mim por tudo o que passei. Uma prova de carinho foi dada após o jogo de sábado, quando recebi mais de 15 ligações em menos de 20 minutos. A torcida sabe do meu potencial e por isso jamais questionou meu futebol. Agora, com a minha participação efetiva , quero levar o Palmeiras ao título brasileiro de 2004.

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