Jogar contra a França numa partida de Copa do Mundo pode ter um sabor diferente para o argentino Gonzalo Higuaín. O atacante nasceu no país europeu e, em 2006, recusou uma convocação para compor os Les Bleus em nome do sonho de defender as cores alvicelestes. Portanto, na Copa da Rússia o jogador da Juventus pode conseguir um resultado que vai provar o acerto – ou erro – da sua escolha.
Higuaín nasceu em Brest, no oeste da França. Era ali que seu pai, Jorge, jogava em 1987. Ainda bebê, o atacante se mudou para a Argentina, onde cresceu e começou a jogar futebol no River Plate. A altura, velocidade e poder de finalização logo despertaram o interesse dos europeus em duas frentes: clubes e seleção. No fim de 2006, a França vivia uma reestruturação da seleção após a Copa daquele ano. O técnico Raymond Domenech havia perdido o meia Zidane, aposentado, e corria atrás de rejuvenescer o grupo. O plano era convocar Higuaín, então com 19 anos, para amistosos, com a intenção de observá-lo e garantir que a revelação jogaria pela seleção francesa, e não argentina.
A surpresa foi a recusa do atacante. Higuaín preferiu defender a Argentina, país onde cresceu e começou a jogar futebol. Logo depois, ele começou a ganhar chances na seleção onde sempre quis atuar – na Rússia disputa sua terceira Copa. Mas esta será a primeira vez que ele tem a chance de enfrentar a renegada França em uma partida oficial do torneio. A presença de Higuaín em campo, contudo, não é confirmada. O técnico Jorge Sampaoli indicou a possibilidade de apostar em Pavón em sua vaga, para dar mais velocidade ao time.
“Temos variações e opções capazes de absorver esse momento importante. Pavón é uma delas. Ele soube se incorporar rapidamente ao elenco.”