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Pelé vê sonho de museu ser realizado

O ex-jogador, na véspera de seu aniversário, acompanhou em Santos a assinatura do contrato para a construção do Museu Pelé, que deverá ficar pronto em um ano.

Por Agencia Estado
Atualização:

Pelé confessou hoje que há muito tempo não tinha prazer em assistir jogos do futebol brasileiro, mas os Meninos da Vila mudaram isso. "Agora, voltei a sentir prazer, porque o Santos está jogando bem e, mesmo perdendo, é uma beleza ver o time jogar". Ele esteve em Santos para acompanhar a assinatura do contrato para a construção do Museu Pelé, cujas obras deverão estar concluídas em um ano, no próximo aniversário do Rei. "É o reconhecimento ao maior atleta do século da cidade em que foi consagrado", disse o prefeito Beto Mansur (PPB). E Pelé estava satisfeito. "É muito bom ver que o ponta-pé inicial foi dado na véspera de meu aniversário e esse era um sonho antigo que eu tinha", disse ele, elogiando o projeto do arquiteto santista Ney Caldatto. E o ex-jogador não deixou de aproveitar para brincar com o projetista: "Ele é corintiano e, apesar de ter sofrido 500 anos com o Santos, deixou de lado a emoção e fez essa beleza de projeto arquitetônico". Pelé ressaltou que o início das obras é mais um sonho realizado, mas ele tem outros: "o museu precisa ser bem usado, bem cuidado". O prefeito Beto Mansur estava satisfeito em ter vencido a batalha para ter o Museu Pelé em Santos. "Várias cidades do mundo queriam o museu e Pelé decidiu fazê-lo na cidade que o consagrou". Acha que o museu vai ser um reforço importante ao turismo da cidade. "Se o nosso velho aquário recebe 500 mil visitantes por ano, imagine quantos turistas receberemos no museu", disse ele. O custo total da obra será de R$ 6 milhões. Entre os políticos presentes ao ato de assinatura do contrato estava a vereadora Sandra Regina, sua filha. Algumas cadeiras separaram os dois, que não se cumprimentaram. Quando começou a entrevista coletiva, Sandra deixou o Salão Nobre da prefeitura. Futebol - Pelé respondeu a todas as perguntas sobre futebol. Acha, por exemplo, que os quatro últimos colocados do Brasileiro devem ser rebaixados, independente do porte. "Se tiver que cair, que caia", disse ele, fazendo uma ressalva: "como no Brasil acontece tudo que não esperamos, não sei como vai ser". Disse que já ouviu dizer que nenhum time grande carioca será rebaixado. "Tem que ser como na Europa, onde as grandes equipes são rebaixadas, pois o problema é técnico: se não está no nível técnico dos demais, tem que cair". Depois de elogiar a campanha do Santos, aproveitou para mandar um recado ao presidente Marcelo Teixeira, com quem está rompido desde a eleição que seu grupo perdeu. ´Fico muito feliz com o futebol desses garotos e também vejo que, depois de quatro anos, a diretoria entendeu que o caminho que eu pedia - o de usar as pratas da casa - era o certo". Quanto à seleção brasileira, Pelé entende que é cedo para pensar no assunto. Ele preferia que Luís Felipe Scolari tivesse continuado no cargo. "Como não deu, não haverá muito problema porque o Brasil tem bons técnicos". E citou três deles: Parreira, Oswaldo de Oliveira e Émerson Leão.

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