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Pênalti no fim salva o Brasil contra o Egito: 4 a 3

Seleção abre três de vantagem, sofre empate mas consegue vencer graças a gol de Kaká aos 45' do 2.ºT

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Por Rafael Vergueiro
Atualização:

SÃO PAULO - A

seleção brasileira

não fez uma grande exibição na estreia da

Copa das Confederações

na África do Sul, mas conseguiu uma importante vitória por 4 a 3 sobre o

Egito

no Estádio Free State, em Bloemfontein. A equipe, que terminou o primeiro tempo com uma vitória por dois gols de diferença, chegou a permitir o empate do adversário no início da etapa final, mas um pênalti cobrado por

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Kaká

aos 45 minutos garantiu o triunfo.

Em busca do terceiro título na história da Copa das Confederações (conquistou o torneio em 1997 e 2005), o Brasil tenta nesta edição se tornar o maior vencedor da história do campeonato. Por enquanto, está empatado com a França, que levantou a taça em 2001 e 2003.

Já o técnico Dunga pôde comemorar nesta segunda o 12.º jogo seguido sem derrota da seleção brasileira. O time não perde desde 15 de junho do ano passado, quando foi superado fora de casa pelo Paraguai por 2 a 0 pelas Eliminatórias sul-americanas à Copa do Mundo. Neste período, foram oito vitórias e quatro empates.

No entanto, esta foi a primeira vez na 'era Dunga' que a equipe brasileira levou três gols em uma única partida. A última vez que as redes da seleção haviam balançado tantas vezes foi em 8 de junho de 2005, quando o técnico ainda era Carlos Alberto Parreira. Na ocasião, o Brasil foi superado por 3 a 1 pela Argentina em Buenos Aires.

POLÊMICA

A partida foi marcada por muitos gols e erros do sistema defensivo do Brasil, mas o lance mais marcante aconteceu aos 44 minutos do segundo tempo. Em cobrança de falta, Daniel Alves jogou a bola para a grande área e Lúcio desviou para o gol. Com o braço direito, A.Elmohamadi tirou a bola em cima da linha: pênalti e expulsão do jogador egípcio.

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No entanto, o árbitro inglês Howard Webb não havia visto a penalidade máxima em um primeiro momento. Por isso, chegou a marcar apenas escanteio para a equipe sul-americana, o que gerou muitos protestos. No entanto, após conversar com o quarto árbitro, ele voltou atrás e resolveu marcar a infração dentro da área.

Após a reclamação do Egito, Kaká assumiu a responsabilidade e garantiu o triunfo brasileiro na África do Sul, em boa cobrança de pênalti. Em chute no canto, ele não deu chances de defesa para o goleiro El Hadary.

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 Brasil 4
 Júlio César; Daniel Alves, Juan, Lúcio e Kléber (André Santos); Felipe Melo, Gilberto Silva, Elano (Ramires) e Kaká; Robinho (Alexandre Pato) e Luís Fabiano
Técnico: Dunga
 Egito 3
El Hadary; A.Said, Hani, A.Fathi e Hosni (A.Elmohamadi     ); Zidan, M.Shawky, S.Moawad     e A.Hassan; (A.Eid); W.Gomaa e Abo Terika
Técnico: Hassan Shehata
Gols: Kaká, aos 5, Zidan, aos 8, Luís Fabiano, aos 11, e Juan, aos 36 minutos do primeiro tempo; Zidan, aos 9, M.Shawky, aos 10, e Kaká (pênalti), aos 45 minutos do segundo tempoÁrbitro: Howard Webb (ING)Estádio: Free State, em Bloemfontein (África do Sul)

SHOW DE GOLS

No entanto, antes do lance decisivo, a partida já vinha sendo marcada por momentos emocionantes. Antes dos 15 minutos, as redes já haviam balançado três vezes em Bloemfontein.

Logo aos cinco minutos, Kaká inaugurou o marcador com um belo gol, ao dar um chapéu um egípcio e driblar outro dentro da grande área. No entanto, em falha da zaga da seleção, o Egito empatou três minutos depois com Zidan, de cabeça.

Mas, aos 11, Luís Fabiano mostrou oportunismo e subiu de cabeça na grande área após cruzamento de Elano para colocar o time de Dunga novamente na frente. Já aos 36, foi a vez de Juan aproveitar escanteio do Elano para aumentar a vantagem brasileira. A partida parecia decidida, mas o segundo tempo ainda reservava muitas surpresas.

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VACILO

Surpreendentemente, antes dos 15 minutos da etapa final o confronto já estava novamente empatado. Em dois erros seguidos, o Brasil deixou o time adversário igualar o marcador.

Aos 9, M.Shawky chutou de fora da área e venceu o goleiro Júlio César. Em uma pane geral, os brasileiros levaram outro gol aos 10, quando Zidan recebeu nas costas de Daniel Alves e venceu o goleiro da seleção.

A vitória nos momentos finais apagou um pouco a má atuação do time de Dunga. No segundo tempo, o treinador, em busca da vitória, chegou a fazer as três alterações a que tinha direito - colocou Ramires, Alexandre Pato e André Santos nos lugares de Elano, Robinho e Kléber. A equipe não cresceu de produção e foi salva pelo pênalti no fim.

NOTAS DA PARTIDA

*O lateral-esquerdo André Santos, do Corinthians, fez nesta segunda-feira sua estreia pela seleção brasileira. Entrou aos 38 minutos do segundo tempo no lugar de Kléber, mas tocou poucas vezes na bola *A partida entre Brasil e Egito fez aumentar a média de gols da Copa das Confederações. Agora, são quatro por partida *O Estádio Free State, em Bloemfontein, não estava lotado para o jogo da seleção brasileira. A Fifa exige que a África do Sul tome medidas para levar mais público para os estádios*

Andre Penner/AP

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Kaká corre para comemorar o gol de pênalti que marcou e garantiu a vitória do Brasil sobre o Egito

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