Peres explica não ida de Rodrygo à seleção olímpica: 'Se fosse time A, liberaria'

Presidente do Santos afirma que atacante se despedirá do clube no clássico contra o Corinthians

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Por Redação
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Na última segunda-feira, o atacante Rodrygo, do Santos, deveria ter se apresentado à seleção olímpica (sub-23), que disputará a partir deste domingo o Torneio Maurice Revello, antigo Torneio de Toulon, na França. O jogador não foi, alegando ter sido liberado pela CBF, que em nenhum momento confirmou essa informação. A explicação só veio nesta quinta através do presidente do clube santista, José Carlos Peres, que fez questão de dizer que não "peitou" a entidade.

"Rodrygo fica, não vai para a seleção. Não é só o nosso caso. Não é afronta, a gente respeita. Se fosse para o time A (seleção principal), a gente liberaria, é data Fifa. Essa seria para uma competição não oficial. Entendemos que um jogador com nível do Rodrygo, um ano e quatro meses como titular, achamos que é jogador para Série A. Ele mesmo não quis ir, que tem que focar na ida ao Real (Madrid). É uma grande transformação, difícil sair do Brasil. Tudo é novidade", disse o dirigente santista, em entrevista coletiva durante a apresentação do centroavante colombiano Uribe.

O atacante Rodrygo durante treino do Santos. Foto: Ivan Storti/Santos FC

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Vendido ao Real Madrid, Rodrygo se apresentará ao novo clube em julho. Assim, se fosse para a seleção olímpica, comandada pelo técnico André Jardine, o atacante teria se despedido do Santos no último domingo, depois do empate sem gols contra o Internacional, no estádio da Vila Belmiro, pelo Campeonato Brasileiro. Agora ele poderá jogar até o dia 12 de junho, quando o time fará o clássico contra o Corinthians, também em Santos.

"Faremos uma festa na despedida contra o Corinthians, Vila Belmiro. Ele tem que se despedir na nossa meca. Não só pelo lucro, mas por tudo que sempre foi parceiro. Ao Rodrygo sempre meu muito obrigado", afirmou Peres.

Sem Rodrygo a partir do segundo semestre, o presidente sabe que precisará substituir o atacante, mas quer agora vender alguns jogadores, especialmente estrangeiros - são oito com a chegada de Uribe. "Com saída de Rodrygo, precisaremos de mais um extremo. Estamos alertas. Agora entramos num objetivo de colocar numa lista de negociáveis. Agora é venda. Fizemos só compra, agora só venda. Queremos menos estrangeiros", comentou.

Peres manteve o otimismo sobre as negociações por um patrocínio máster, mas destacou as dificuldades do mercado e o objetivo de não fechar por menos do que o clube merece. "Nós temos expectativa de fechar o mais rápido possível, mas não é no estalo de dedo. Nossa camisa tem valor, Santos é reconhecido, brasileiro mais conhecido no mundo. Futebol brasileiro é o mais conhecido ainda, por causa do Pelé, Garrincha, Didi, Vavá, Gylmar... Somos futebol mais conhecido do mundo. Logo, Santos é o time mais conhecido do mundo, de uma história do passado que temos que continuar trabalhando para que seguremos agora. Santos é forte, todos querem jogar aqui. Vamos esperar um pouco até o ponto que a gente resista por um valor melhor", completou.

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